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CÍRCULOS MATEMÁTICOS – A EXPERIÊNCIA RUSSA Autores: Dimitri Fomin, Segey Genkin, Ilia Itenberg A antiga União Soviética sempre teve tradição na produção de livros voltados ao aprofundamento da matemática elementar. Para algumas gerações de estudantes, esses livros representaram a principal referência de estudo para olimpíadas de Matemática, até que, depois dos anos 90, com o final da União Soviética, eles foram gradativamente desaparecendo das livrarias. Em 1996, a Sociedade Americana de Matemática editou nos Estados Unidos, com o título de Mathematical Circles, um livro da antiga União Soviética, que lá havia sido escrito para auxíliar os professores de Matemática interessados no desenvolvimento de atividades extracurriculares com seus seçãoalunos. Em 2012, o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) obteve os direitos de edição desse livro no Brasil, o que certamente é motivo de satisfação para professores e alunos interessados em aprofundar o estudo da Matemática por meio de problemas recreativos, conteúdos menos discutidos nos currículos tradicionais e problemas de competições de Matemática. Como anunciado pelos seus autores, no prefácio da edição em língua inglesa, o livro “é baseado na ideia de que o estudo da Matemática pode gerar o mesmo entusiasmo que praticar um esporte com um time, sem ser, necessariamente competitivo”. Nesse sentido, o livro pode funcionar muito bem como material de apoio para a formação de clubes de matemática nos ambientes escolares. Círculos Matemáticos é um livro de problemas, e não propriamente de teoria, ainda que vez por outra alguns problemas venham antes ou depois de uma breve explicação teórica. Seu grande mérito está na escolha e organização dos problemas, e na “conversa” que vez por outra é feita com leitores-professores interessados no uso do material com grupos de alunos.
Do capítulo 8 ao 16, alguns temas são revisitados com aprofundamento e aumento de complexidade, como é o caso da divisibilidade, que passa por congruência e equações diofantinas, análise combinatória, grafos e desigualdades. Nesses capítulos são discutidos ainda problemas de indução, invariantes, bases numéricas e de geometria. No capítulo 17, novamente são propostos problemas de temas diversificados. Para apresentar ao leitor desta resenha uma amostra do sabor dos problemas propostos no livro Círculos Matemáticos, escolhemos um do capitulo 6, cujo assunto é desigualdade triangular. “Um polígono cortado de um pedaço de papel é dobrado em dois ao longo de uma reta (ver figura). Prove que o perímetro do polígono formado não é maior do que o perímetro do polígono original”.
GEOMETRIA EM SALA DE AULA
Coleção Professor de Matemática
Esta é uma seleção de artigos publicados nos últimos 30 anos na Revista do Professor de Matemática sobre Geometria. O livro é dividido em seis seções, cinco delas temáticas (sobre triângulos, sólidos, cônicas, polígonos e circunferência) e uma última contendo uma miscelânea dos mais variados tópicos. Ao contrário do que possa sugerir o título, Geometria em Sala de Aula quase não trata de práticas didáticas. O que ele oferece é um panorama muito vasto, com abundantes aplicações da Geometria (a mais relevante e atual delas talvez seja a Matemática do GPS, discutida em um artigo de Sérgio Alves e André Costa Freiria). Caberá ao professor usar sua criatividade, seu gosto, seu conhecimento dos alunos, para trazer toda essa riqueza de material para a sala de aula.
Sente-se a falta de um índice
remissivo mais longo.
Embora um dos artigos seja
sobre cartografia, por exemplo,
a palavra cartografia não
aparece no índice remissivo,
apenas no sumário, no título
de um dos 77 artigos. Já o nome de Mercator aparece
apenas no próprio artigo sobre
cartografia. O nome de
Aristarco, personagem central
do artigo sobre a medição
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