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Responsáveis
As soluções dos problemas 351 a 355 serão corrigidas apenas se enviadas até 30 de outubro de 2013.
351 Seja ABC um triângulo acutângulo de circuncentro O e sejam D, E, F as interseções das semirretas AO, BO e CO com os lados BC, AC e AB, respectivamente. Sendo R o circunraio do triângulo ABC, mostre que (Enviado por Ricardo Cesar da S. Gomes, Iguatu, CE.)
352 Determine todos os números naturais m e n tais que 28 + 211 + 2m = n2.
353 Mostre que os 1000 dígitos após a vírgula decimal de (8 + )2012 são todos iguais a 9.
354 São dados uma balança de dois pratos e pesos de 20, 21, 22, ..., 2100 gramas. Os pesos devem ser colocados um a um na balança de modo que o prato esquerdo nunca seja mais pesado do que o direito. De quantas formas isso pode ser feito?
355 Considere um triângulo ABC e pontos X, Y e Z nos lados BC, AC e AB, respectivamente, tais que A, B, C, X, Y e Z são todos distintos entre si. Mostre que as circunferências circunscritas aos triângulos AYZ, BZX e CXY têm um ponto em comum.
PROBLEMINHAS 1 Cinco pontos estão sobre uma mesma reta. Quando listamos as 10 distâncias entre dois desses pontos, da menor para a maior, encontramos 2, 4, 5, 7, 8, k, 13, 15, 17 e 19. Qual é o valor de k?
2 Se a distância entre duas cidades for, por exemplo, 190 km e uma pessoa em seu carro viajar de uma até a outra em 2 h, dizemos que nessa viagem o carro desenvolveu uma velocidade média de 190/2 = 95 km/h. Suponha que uma pessoa viaja de uma cidade A para uma cidade B com velocidade de 90 km/h e volte de B para A com velocidade de 110 km/h. Nessa viagem de ida e volta, qual foi a velocidade média desenvolvida?
3 Um motorista, durante uma viagem da cidade A para a cidade B, olhou para o hodômetro e, notando que ele marcava a quilometragem 21518, percebeu que já havia percorrido 1/3 do seu caminho. Em um outro instante, reparou que o hodômetro assinalava a quilometragem 21620 e, portanto, faltava percorrer apenas 1/10 do seu caminho. Qual a distância entre as cidades A e B? (Probleminha1 - banco de questões OBMEP 2010, Respostas na página Painéis
Soluções dos problemas propostos na RPM 79 341 Determine qual é o maior dos números e SOLUÇÃO Se x é um real positivo, temos < 0. Logo, fazendo x = 123457 + 10999, segue (Solução enviada por diversos leitores.)
342 Uma roda circular gira, sem escorregar, no interior de um círculo cujo diâmetro é o dobro do diâmetro dela. Marque um ponto P na circunferência da roda e descreva seu movimento. Justifique sua solução. SOLUÇÃO Suponhamos, sem perda de generalidade, que no instante inicial o ponto P seja o ponto de tangência das duas circunferências. Sejam O o centro da circunferência maior, aqui chamada simplesmente de circunferência, e C o centro da circunferência menor, aqui chamada de “roda”. Sejam r o raio da roda e 2r o raio da circunferência. Se a roda girar sem escorregar no sentido horário, o centro C terá imagem C1. Na figura, indicamos a = COC1. Seja A1 o novo ponto de tangência, seja A a interseção de OA1 com a roda em sua posição inicial e seja P1 a interseção de OP com a roda na posição após o giro. Na circunferência, o arco PA1 tem comprimento 2ra, e na roda o arco PA também tem comprimento 2ra. Assim, A1 é a imagem de A após o giro. Como o arco P1A1 também tem comprimento 2ra, então P1 é a imagem de P após o giro. Portanto, a imagem de P após o giro pertence ao diâmetro da circunferência que contém P e, à medida que a roda girar, o ponto P oscilará entre as extremidades desse diâmetro. (Solução enviada por Nilton Lapa, SP.)
343 Se P é um ponto no interior de um triângulo ABC e AD, BE e CF são cevianas que se encontram em P, mostre que = 1. SOLUÇÃO Consideremos as alturas CH e PI, respectivamente, dos triângulos ABC e APB, relativas ao lado AB. Os triângulos CHF e PIF são semelhantes; portanto, . A área do triângulo PAB, S(PAB), é dada por S(PAB) = . A área do triângulo ABC, S(ABC), é dada por S(ABC) = . Assim, . Analogamente, utilizando os triângulos ABC e PBC, obteremos Utilizando os triângulos ABC e PCA, obteremos Então, = 1. (Solução enviada por diversos leitores.)
344 Dado um inteiro positivo n, definimos S(n) como a soma dos algarismos de n. Definimos ainda C(n) a iteração de S(n) até obtermos um número entre 1 e 9. Por exemplo, Seja Fn o n-ésimo número de Fibonacci definido por: F0 = 0, F1 = 1 e Fn+2 = Fn+1 + Fn para n > 0, de modo que seus primeiros termos são 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, ... . Qual o valor de C(F10 000)? SOLUÇÃO Temos n S(n)(mod 9), isto é, n e S(n) deixam o mesmo resto na divisão por 9*. Assim, temos também que n C(n)(mod 9), logo C(Fn) Fn(mod 9). Calculando o resto das divisões de Fn por 9, Fn(mod 9), verificamos que essa sequência é periódica de período 24:
Portanto, como 10.000 16(mod 24), temos que C(F10.000) C(F16) 6(mod 9) e, sendo 1 < C(F10.000) < 9, temos que C(F16) = 6. (Solução adaptada das enviadas por vários leitores.) * ver, por exemplo, a solução do problema 334, RPM 79.
345 Em uma república estudantil, há 11 pessoas e uma geladeira. Essa geladeira possui n cadeados e cada uma das 11 pessoas possui as chaves de k desses cadeados. Quais os menores valores de n e k para que a geladeira só possa ser aberta na presença de 6 ou mais membros da república? SOLUÇÃO Vamos, primeiramente, mostrar que com n = = 462 cadeados e k = 252 chaves temos uma solução para o problema. Liste os 462 grupos de 6 pessoas dentre os 11 estudantes: G1, G2, G3, ..., G462. Para cada um dos 6 estudantes do grupo 1, entregue as chaves do cadeado 1; para cada um dos 6 estudantes do grupo 2, entregue as chaves do cadeado 2; e assim por diante. Foram entregues 6 × 462 chaves no total; assim, por simetria, cada estudante recebeu k = = 252 chaves. Note que essa distribuição de chaves e cadeados satisfaz as condições do problema: dados 5 estudantes, nenhum deles possui a chave do cadeado correspondente ao grupo Gi dos 6 estudantes restantes, logo 5 estudantes (ou menos) não conseguem abrir a geladeira. Por outro lado, dado um grupo de 6 estudantes, digamos G1, qualquer outro Gi é tal que G1 Gi (há apenas 11 estudantes no total), ou seja, pelo menos um membro de G1 possui a chave para o cadeado correspondente ao grupo Gi. Logo, 6 (ou mais) estudantes sempre conseguem abrir a geladeira. Mas será essa a “melhor” solução? Ou haveria outra envolvendo menos cadeados e chaves? Como veremos, a resposta é não! Para isso, vamos criar uma função injetora f entre o conjunto de grupos de 5 estudantes. {H1, H2, ..., H462} (pois = 462), e o conjunto de cadeados {C1, C2, ..., Cn}. A função f : {H1, H2, ..., H462} {C1, C2, ..., Cn} é definida assim: dado um grupo de 5 estudantes Hi, existe pelo menos um cadeado que eles não conseguem abrir; escolha qualquer um desses cadeados, digamos cj, e defina f (Hi) = cj. Essa função é injetora, pois, se f (Hi) = f (Hj) = ck e Hi Hj, teríamos que nenhuma das pessoas no conjunto Hi Hj possuiria a chave ck, o que é absurdo, pois o número de elementos de Hi Hj é maior do que 6 (já que Hi = Hj = 5 e Hi Hj). Como f é injetora, concluímos que n > 462. Finalmente, fixada uma pessoa x, há exatamente = 252 grupos Hi para os quais x Hi. Mas as 6 pessoas em {x} Hi conseguem abrir a geladeira, o que significa que x deve possuir a chave para o cadeado f (Hi). Assim, k > 252.
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