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Aprendemos
na infância – e usamos inúmeras vezes – algoritmos para
efetuar 4 operações elementares: adição, subtração, multiplicação
e divisão. Esses
algoritmos estão intrinsecamente e ligados
ao nosso sistema de numeração mas podemos nos perguntar: será
que são os únicos existentes? Foram sempre usados? São universalmente
reconhecido como os melhores? Neste
artigo descrevemos algumas técnicas operatórias, de aparências talvez
exótica, usadas em outros tempos e outros lugares. Apresentaremos também
pequenas variações dos algoritmos habituais
que ajudam a compreender porque estes algoritmos fornecem as
respostas desejadas.
a)
Usando uma decomposição como a anterior e aplicando a propriedade
distributiva, temos
ou,
de modo um pouco mais prático
b)
Multiplicação em gelosia Os
dois quadros abaixo ilustram o algoritmo em gelosia para efetuar 584X 97.
Não se sabe quando ou onde a multiplicação em gelosia apareceu, mas a
Índia parece ser a fonte mais provável. Lá foi usada pelo menos desde o
século doze e depois parece ter sido levada à China e à Arábia.
c)
Técnica camponesa ou russa Foi
uma técnica comum na Europa medieval. Chamou-se multiplicação russa
pois era supostamente usada pelos camponeses russos até a 1ª Guerra
Mundial. A multiplicação de 584 por 97 ilustrará o processo:
Várias técnicas podem ser usadas para efetuar uma subtração: a)
Adicionar o mesmo aos dois termos da subtração: Outro
exemplo?
b)
Podemos também subtrair o mesmo número dos dois termos
c)
Quanto devemos acrescentar ao 97 para obter 584?
Sabemos
que, dados dois números inteiros positivos a e b, existe um único par de
números inteiros q e r, chamados quociente e resto, tais que a = bq + r e
0 £
r < b. O algoritmo da divisão nos fornece o quociente q e o resto r. Em
alguns países, como a Inglaterra e os Estados Unidos, o algoritmo inicial
para achar q e r é diferente do nosso. (Também a maneira de dispor a, b,
q e r difere um pouco da nossa.) Vamos
exemplificar:
Qualquer
número poderia ser colocado no lugar reservado ao quociente desde que o
produto deste número pelo divisor seja menor do que ou igual ao
respectivo dividendo. Na prática, o que fazemos é tomar o maior número
possível nessas condições, a fim de abreviar o processo. O quociente da
divisão é a soma do quocientes parciais. |
Cada
criança, a seu tempo, vai encurtando o processo, chegando eventualmente
ao algoritmo usual:
Convém
observar que o último algoritmo, predominante em nossas escolas, é o que
exige um cálculo mental maior. Referências
[1] Atividades Matemáticas I e II – CENP/ Secretaria de Estado da Educação
– São
Paulo. [2] Subsídios para a Implementação do Guia Curricular de Matemática – Álgebra
para o 1º grau – 1ª a 4ª séries
– CENP/SE. [3] Conferência da Prof. Lídia Conde Lamparelli – Rio Claro, SP, novembro
de 1983. [4] História da Matemática –
Carl B. Boyer – Editora E. Bucher.
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