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Menelau dispensado

Na RPM 76, nesta seção, foi apresentada uma solução, inspirada no teorema de Menelau, do seguinte problema:

O triângulo ABC da figura é equilátero.
AM = MB = 5 e CD = 6.
Qual é o valor de AE?

O professor Cesar Homero Moreira Trindade, de Pirassununga, SP, enviou soluções mais simples, usando Thales no lugar de Menelau:

Seja N o ponto médio de BC. Como M é o ponto médio de AB, vem que MN // AC, o triângulo BMN é equilátero e MN = 5.

Os triângulos ECD e MND sâo semelhantes. Portanto,

ou , logo EC = .

Entao, AE = AC - EC = 10 - ,

Outras duas opções de solução são:

Traçar um segmento MP//BC, sendo P ponto médio de AC. Obtém-se a semelhança dos triângulos MPE e DCE que leva a AE = 80/11.
Traçar o segmento EF//AB. Obtém-se o triângulo equilátero EFC. Da semelhança dos triângulos EFD e MBD, chega-se ao mesmo resultado.

O leitor também chamou a atenção da RPM para um erro de digitação ocorrido na solução do mesmo problema, no meio da página 56, onde a expressão ΔBDM deve ser substituída por ΔBDQ.

 

Problema de probabilidade

Escreve uma leitora do Rio de Janeiro: Preciso da ajuda da RPM para resolver o problema abaixo.

Em certa escola a probabilidade de um aluno ser torcedor do Flamengo é 0,60, de assistir novela é 0,70 e de gostar de praia é 0,80. Entre que valores está compreendida a probabilidade de um aluno dessa escola, simultaneamente:

a) assistir novela e gostar de praia.

b) assistir novela, gostar de praia e torcer pelo Flamengo.

RPM

Considere os eventos

F : é torcedor do Flamengo; N : assiste novela e G : gosta de praia. São dadas as probabilidades: P(F) = 0,60; P(N) = 0,70 e P(G) = 0,80.

a) Queremos obter o mínimo e o máximo para P(N Ç G) . Para isso temos que avaliar a maior e a menor intersecção entre os dois eventos. Observe que não podemos ter G N , logo temos a maior intersecção possível se N G e então P(N Ç G) = P(N) = 0,70.

Por outro lado, sabemos que P(N G) 1. Assim,

P(N G) = P(N) + P(G) - P(N Ç G) 1

0,70 + 0,80 - P(N Ç G) 1, logo, P(N Ç G ) 0,5

Portanto, 0,50 P(N Ç G) 0,70.

b) Similarmente, queremos os limites, inferior e superior, para a probabilidade P(N Ç G Ç F). Vamos usar a notação B = N Ç G .

1) Se P(B) = 0,50, teremos a maior intersecção possível se B F e, então, P(N Ç GÇ F) = 0,50. Além disso, P(B F) 1 , logo

P(B F) = P(B) + P(F) - P(B Ç F) 1 ou

0,50 + 0,60 - P(B Ç F) 1, logo, P(B Ç F) = P(N Ç G Ç F) 0,1

2) Se P(B) = 0,70, teremos a maior intersecção possível se F B e então

P(B Ç F) = P(N Ç G Ç F) = 0,60. Ainda,

P(B F) = P(B) + P(F) - P(B Ç F) 1 ou

0,70 + 0,60 - P(B Ç F) 1, logo, P(B Ç F) = P(N Ç G Ç F) 0,3

Assim, concluimos que 0,1 P(N Ç G Ç F) 0,6.

 

Triângulo, massa e porcentagem

Um leitor de São Paulo escreveu: abaixo está uma questão de um simulado que um aluno meu não conseguiu resolver. Não estou obtendo nenhuma das alternativas. A RPM pode ajudar?

A figura representa uma chapa de alumínio de formato triangular de massa 1.250 gramas. Deseja-se cortá-la por uma reta r paralela ao lado BC que intercepta o lado AB em D e o lado AC em E, de modo que o trapézio BCED tenha 700 gramas de massa.

A espessura e a densidade do material da chapa são uniformes.

Determine o valor percentual da razao de AD por AB. Dado: = 3,32.

a) 88,6       b) 81,2       c) 74,8       d) 66,4       e) 44,0

RPM

Se a massa da chapa, em gramas, é 1250 e a do trapézio é 700, a massa do triângulo ADE é 1250 – 700 = 550.

Dadas as condições do problema: “a espessura e a densidade do material da chapa são uniformes”, as massas são proporcionais às áreas dos triângulos. Portanto, a razão entre a área do triângulo ADE e a área do triângulo ABC é 550/1250 = 11/25.

Os triângulos ADE e ABC são semelhantes, portanto a razão das áreas é igual ao quadrado da razão dos lados. Assim,
AD/AB = /5 = 3,32/5 = 6,64/10 = 66,4/100 = 66,4% . (alternativa d)