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Introdução Como seria
bom se pudéssemos fazer da Matemática uma fonte de prazer
ainda maior do que ela já é. Isso é possível
se tivermos como aliado um poderoso recurso lúdico: o jogo. Então,
precisamos de jogos que desenvolvam não apenas o raciocínio,
mas também o pensamento matemático. Ora, o domínio
das quatro operações com números inteiros é
indispensável para a formação de todo estudante.
Pensando nisso, proponho aqui um jogo aritmético,
que trabalha tanto a habilidade com números, quanto a criatividade
dos participantes. Ele é muito fácil de
Formando números No ensino fundamental é pedido o cálculo de expressões aritméticas, isto é, dada uma expressão envolvendo números e operações matemáticas, encontrar o número que lhe corresponde. Aqui se pede a solução do problema recíproco: dado um número, encontrar a expressão aritmética que corresponde a esse número. No jogo só é permitido o uso das 4 operações aritméticas básicas (adição, subtração, multiplicação e divisão) e de parênteses. Por exemplo, com os números 2, 5, 7, 8 e 11, alguns dos números que podemos formar são:
Note que: 1. Não
é necessário usar todos os inteiros disponíveis; Na prática, não precisamos escrever a expressão
usando parênteses. Para formar o 80, declaramos: 5 menos 2 é
3; 3 vezes 7 é 21; 21 menos 11 é 10; 10 vezes 8 é
80. Para formar o 64, declaramos: 8 dividido por 2 é 4; 5 mais
11 é 16; 4 vezes 16 é 64. O que é necessário
Início do jogo Colocamos o baralho na mesa, com as cartas voltadas para
baixo, num monte, de modo que não se possa ver que números
representam. Escolhe-se de comum acordo um participante para iniciar a
rodada. Então os itens 1, 2 e 3 a seguir devem ser repetidos até
que haja um vencedor.
1. Escolhemos
a carta de cima do monte e multiplicamos seu valor por 13: em seguida,
somamos o resultado do produto ao valor de uma segunda carta retirada
de cima do monte. Obteremos um número entre 14 a 182 (13 x
1 + 1 = 14 e 13 x
13 + 13 = 182). Esse é o número que deve ser formado na
rodada. As duas cartas tiradas vão para baixo do monte; Quem vencer um total de 3 rodadas primeiro vence o jogo. Enquanto isso
não ocorrer, repetem-se os itens 1, 2 e 3 sucessivamente.
O primeiro jogador, A, tira a carta de cima do monte, digamos, 5 e a carta seguinte, uma dama. Então, o número a ser formado na rodada será 13 x 12 + 15 = 77. As duas cartas tiradas vão para baixo do monte. O segundo jogador, B, tira a carta de cima do monte, digamos 8 e a coloca aberta na mesa. Não dá para formar 77 com o número 8. Ele passa a vez para A (se o jogo só tiver dois jogadores), que tira, digamos, 6. Com 8 e 6 e as quatro operações ainda não dá para obter 77. O 6 fica aberto na mesa e A passa a vez para B que tira, digamos, um valete. Com 6, 8 e 11 não dá para obter 77. É a vez de A que tira, digamos, 3. Aí dois casos podem ocorrer:
(2) A não percebeu que podia obter 77 com as cartas da mesa e passa a vez para B. Se B obtiver o 77, é ele que ganha um ponto e uma nova rodada se inicia. Se B não obtiver o 77, ele tira mais uma carta do monte e assim, sucessivamente, até que um dos jogadores conseguir formar o 77 com as cartas que estão abertas na mesa.
Esse jogo pode ser adaptado para ser jogado em sala de
aula. Por exemplo, podemos dividir a Conclusão Tenho jogado com amigos já há algum tempo. Estou convencido de que esse é um jogo intelectualmente estimulante e muito agradável. É claro que existem muitos jogos com essas qualidades, mas esse tem a vantagem de ser matematicamente educativo. Além disso, é uma forma de viver a Matemática, interagir com ela, senti-la, tocá-la. Também estou certo de que podemos criar jogos matemáticos que trabalhem a compreensão de teoremas e suas demonstrações, bem como suas aplicações na resolução de problemas..., mas esse já será um outro artigo...
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