Alciléa Augusto
Rio de Janeiro, RJ

Correspondência:
RPM – Cartas do leitor
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     A Matemática em cordel

Escrevem-nos os colegas Francisco José Andrade de Melo, pedagogo da Escola Municipal "Cacimba Velha" e Jesus de Moraes Cunha, professor de Matemática da mesma escola, em Teresina, PI, apresentando trabalho de sua autoria, O cordel da Matemática. Trata-se de uma publicação de 15 páginas, na forma de literatura de cordel, com o objetivo de mostrar aos leitores que a Matemática pode ser vista como uma forma mais simples e poética, para que o aluno tenha mais ânimo e crie uma nova visão dessa ciência. Esse trabalho foi publicado pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Teresina, PI.

RPM

Para o leitor, aqui vai uma amostra do trabalho dos colegas do Piauí:

Conheça um pouco de história
Que agora vamos contar
A Matemática surgiu
Da antigüidade para cá.

A criação da Matemática
Se deu da necessidade
Da luta de todo o povo
Desde o início da humanidade.

...............................................

Dos números naturais
O zero é menor valor
Diferente dos demais
É o único sem antecessor.

.....................................

Na prova dos "noves-fora"
Não se deve confiar
Faça a prova real
Para a certeza chegar.

...................................

Se Geo significa terra
Metria é a medida
A palavra Geometria
Está assim bem definida.
E termina assim:

Ao ensinar Matemática
Seja justo e sincero
Mostre que é impossível
Uma divisão por zero.

Um abraço fraterno a todos
Creiam nessa verdade
No mundo da Matemática
Não existe dificuldade.

     Mais um pedido

A colega Petronilha Trevisan Ferraz, de Andradas, MG, escreve-nos, reforçando o pedido do colega Carlos Eduardo Canhone, publicado nesta seção na RPM 53. Como professora de 5a a 8a séries, ela espera que a Revista possa ajudar mais objetivamente os leitores professores, fornecendo subsídios para o exercício do magistério.

RPM

A intenção da Revista é mesmo a de auxiliar o professor em sala de aula. Lembramos que, desde seu lançamento, a Revista se propôs a ser um ponto de encontro entre os professores de Matemática em todo o país e dos diversos níveis de ensino. Os editores têm se esforçado para que a RPM exerça mais efetivamente este papel. Por outro lado, é preciso que os professores que estão em sala de aula no nível básico, ocupem este espaço para trocar suas experiências bem sucedidas, na tarefa de fazer o estudante se interessar pelo estudo e compreensão da Matemática. Temos assistido também, com satisfação, ao aperfeiçoamento dos livros didáticos disponíveis para os cursos básicos de Matemática. Assim, consideramos dispensável a reprodução de assuntos bem desenvolvidos nesses textos. Se, em alguns pontos, o professor considera o texto insuficiente para a compreensão do tema, pode se dirigir à RPM, citando as dúvidas, sugerindo novos enfoques, apontando erros mais persistentes cometidos pelos estudantes.

     Mais uma vez,o monumento à Matemática de Itaocara, RJ

A respeito da notícia sobre o Monumento à Matemática, veiculada pela RPM 17 (p. 62) e, mais recentemente, citada nesta seção na RPM 53 (pp. 58 e 59), envia-nos um e-mail o colega Francisco José Coutinho Neto, de Miracema, RJ, anexando um trabalho sobre esse monumento, A História de Matemática registrada em um monumento, de autoria do Professor Augusto Cesar Aguiar Pimentel, do Departamento de Educação Matemática da Universidade Fluminense _ Interiorização, Santo Antônio de Pádua, RJ. O artigo foi desenvolvido a partir de atividades realizadas nas aulas de História da Matemática por diversos estudantes e focaliza a história da idealização, construção e manutenção do monumento, bem como, descreve e justifica as citações lá encontradas.

     Facilitando a mágica

A respeito do Painel O mágico de Ás (RPM 54, pp. 40 _ 42) , escreve-nos o colega Paulo Chixaro, da FATEC, em Ourinhos, PR, contando que achou a idéia muito interessante, já aplicou a mágica várias vezes e dá uma sugestão que torna mais fácil sua execução. O processo se desenrola como está descrito no painel, até o momento de definir qual sejam as cartas P (pequena), M (média) e G (grande). A diferença se dá na colocação das cartas para que o mágico decifre a mensagem. A 1a continua indicando o naipe e o número de partida. A ultima carta, se for:

P, indica que o mágico deve somar 1 ou 4;
M, indica que o mágico deve somar 2 ou 5;
G, indica que o mágico deve somar 3 ou 6.

Em cada caso, a decisão de somar o número menor ou maior, fica por conta das duas cartas do meio: se forem colocadas da menor para a maior, ele deve somar o menor dos 2 números, se forem colocadas da maior para a menor, deve somar o maior dos 2 números.

Desta forma, não será preciso decorar a correspondência entre os números de 1 a 6 e as várias permutações, indicada no quadro da página 41.

Aplicando no exemplo do painel, se as cartas escolhidas forem

5, 11, 2, 9 e 7,

o ajudante deve esconder o 11¤ e exibir para o mágico

5, 7, 2, 9.

A interpretação do mágico será a seguinte:

O 5 indica o naipe e o ponto de partida para a soma.

O 9, por ser a carta G (maior das três restantes), indica que o mágico deve somar ao 5 o número 3 ou 6.

A ordem das outras duas cartas, M e P (da maior para a menor) indica que ele deve somar 6.

 

Respostas dos ...probleminhas

1. R$ 2 640,00 2. 7744 3. 5 x 12 ou 6 x 8