Cláudio Possani
Élvia Mureb Sallum
Flávio Wagner
Rodrigues
IME-USP
Soluções e Sugestões
RPM - Problemas
Caixa
Postal 66281
05311-970 São Paulo, SP
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222. Para n
1,
determine, em função de n, de quantas maneiras podemos
escolher 3 números distintos no conjunto {1, 2, 3,..., 3n}
de modo que a soma dos números escolhidos seja divisível
por 3.
(Generalização
de um problema proposta no livro Análise Combinatória
e Probabilidade da CPM - SBM)

223. Na figura
os números indicam as áreas dos triângulos parciais.
Qual a área total?
(Concurso do IME - Instituto Militar de Engenharia)
224.
Dado k inteiro, k > 1, considere 2k bolas
brancas e 2k bolas pretas alinhadas numa ordem qualquer. Mostre
que existe uma seqüência de 2k bolas consecutivas
na qual o número de bolas pretas é igual ao número
de bolas brancas.
(Enviado por Cláudio Arconcher, Jundiaí,
SP.)
225. Imagine
dois segmentos de reta desenhados em uma folha de papel e tais que suas
retas suporte se cortam num ponto fora da folha.
Seja P um ponto qualquer da folha de papel. Descreva e justifique
um método para traçar a reta que passa por P e
pelo ponto de encontro das retas suporte dos segmentos.

(Enviado por Marcelo
Câmara, Recife, PE.)
1. Evandro e Augusto moram no mesmo edifício.
O número do andar de Evandro coincide com o número do apartamento
de Augusto e a soma dos números dos dois apartamentos é
56. Se cada andar tem 12 apartamentos, numerados de 1 a 12 no primeiro
andar, de 13 a 24 no segundo e assim por diante, quais os números
dos apartamentos de Augusto e Evandro?
(Adaptado
de um problema proposto por Fernando Casagrande.)
2.
Num concurso de televisão três concorrentes procuram acertar
o número de caramelos
contidos numa taça de cristal. José diz que há 260,
Maria crê que há 274 e Carlota propõe
que sejam 234. Sabe-se que um deles se enganou em 9 caramelos, outro em
17 e outro em 31. Pode-se deduzir qual o número de caramelos na
taça?
(Tirado
do Jornal de Matemática Elementar, No 218. Lisboa,
setembro de 2003.)
3.
95% da massa de uma melancia de 10 quilos é constituída
de água. A fruta é submetida a um processo de desidratação
(que elimina apenas a água) até que a participação
da água na massa de melancia se reduz a 90%. Qual é a massa
da melancia após o processo de desidratação? (FUVEST)
(Ver
respostas na
seção "O leitor pergunta")
Soluções dos problemas propostos na RPM 51 |
214.
Considere que no retângulo ABCD, com
e ,
existem duas circunferências
e
que satisfazem as condições:
tangente a AB e BC,
tangente a AD e DC e e tangentes entre si externamente.
Se os quadrados Q1 e Q2,
com lados paralelos aos lados do retângulo ABCD, são
circunscritos a
e ,
respectivamente, prove que a área de
pode ser dada apenas em função de a e b.
Solução
Os lados do retângulo podem
ser calculados em função de a, b, R e r
e são expressos por
e .
A área é, portanto,
A = [ ].[ ],
isto é,

Aplicando o Teorema de Pitágoras ao triângulo
retângulo de lados paralelos aos lados do retângulo ABCD
e que possui os centros das circunferências como vértices,
obtém-se
ou
que
tem solução

Substituindo esse valor na expressão de A, obtemos a
área em função de a e b escrita
de várias maneiras diferentes. Algumas das expressões enviadas
por nossos leitores são:

215.
Luís gastou todo o dinheiro que tinha em n lojas. Em cada
loja ele gastou R$1,00 a mais da metade do que tinha ao entrar na loja.
Determine, em função de n, quantos reais ele tinha
ao entrar na primeira loja.
Solução
Para ,
seja o
número de reais que Luís tinha ao entrar na j-ésima
loja. Como na n-ésima loja ele gastou um real a mais da
metade do que tinha ao entrar e ficou sem nada, segue-se que .
O mesmo raciocínio nos permite afirmar que, se ele
tem reais ao entrar numa loja, ao entrar na loja anterior ele teria .
Segue-se que
e que: 
Portanto,
é uma progressão geométrica com
termos cujo primeiro termo é 4 e cuja razão é 2.
A soma dos termos dessa progressão é dada por: .
Portanto,
é
o número de reais que Luís tinha ao entrar na primeira loja.
(Adaptada de soluções enviadas por vários
leitores.)
216.
Para n > 1, seja .
(a) Determine os valores de n para os quais é possível expressar
como
a reunião de dois conjuntos disjuntos tais que as somas dos elementos
contidos em cada um deles sejam iguais.
(b) Para os valores de n, para os quais a representação
é possível, mostre uma maneira que permita a determinação
dos conjuntos.
Solução
A soma dos elementos de Sn é igual
a e
o problema terá solução somente quando essa soma
for par, isto é, quando n ou forem
múltiplos de 4. Nesses casos a solução existe sempre
e não é necessariamente única, como se vê para
,
que admite as decomposições:
Uma maneira de determinarmos uma solução, quando ela existe,
é encontrar o inteiro k tal que:
e em seguida observar que

Excluindo l do conjunto ,
obtemos uma solução.
Observações:
1) A técnica utilizada permite mostrar
também que se, ,
existe um subconjunto de Sn cuja soma
dos elementos é igual a m.
2) Como foi observado por alguns leitores,
uma questão interessante seria determinar quantas soluções
existem para um dado n.
217.
Seja ABC um triângulo equilátero de lado 1, D
um
ponto na semi-reta com
BD = 1. Considere os pontos E e F satisfazendo:
A, E e F alinhados, E entre A e F
e sobre a semi-reta ,
F na semi-reta com
EF = 1. Calcule a medida do segmento AE.
Solução:
Sendo o triângulo BCD isósceles, temos a medida
do ângulo
igual a 30°, logo, o ângulo é
reto. Traçamos .
Pela semelhança dos triângulos FEG e FAC,
temos ,
.
Por outro lado,
sendo
logo, .
Então,  ,
o que implica ,
ou seja, .
(Solução enviada por Milton Dini Maciel,
SP.)
Observação:
A partir de um segmento unitário, é impossível construir
com régua e compasso um segmento de comprimento .
Porém, este problema oferece uma maneira prática, usando
uma faixa de papel, de construir tal segmento. Assim, após a construção
de um triângulo equilátero ABC de lado 1 e das semi-retas
,
marcamos nas beiradas de uma régua de papel dois pontos E
e F com .
Colocando tal régua de modo que passe por A e que ,
obtemos
com medida .
Relação dos
leitores que enviaram soluções dos problemas da RPM 50 |
Alan Henrique de Sá, RJ: 210, 211 |
João F. Moura, RJ: 210, 211, 212, 213 |
Amadeu C. Almeida, RJ: 211, 213 |
João Linneu
A. Prado, SP: 210, 211, 213 |
Amaro José de O. Filho, PE: 210,
211 |
Joaquim Ferreira da Silva, PE: 211 |
Aníbio
Pacheco, SC: 210, 211 |
José C. M. Veloso, RJ: 210, 211, 212, 213 |
Antonio
Ferreira Sobrinho, SP: 211 |
Luiz César Niehues,
SC: 211 |
Antonio
Luiz Miranda, RJ: 211 |
Mauro Felix de Sousa, RJ: 210 |
Antonio
M. Santos, PR: 210, 211,212,213 |
Rizio SantAna,
MG: 210, 211 |
Celso Martinez Rodrigues, MG: 211 |
Roberto Alexandre Loewenberg,
SP: 211 |
Clodoaldo Lessa, SP: 210 |
Roberto P. Chagas, MG: 210, 211, 212 |
Eduardo Luís Estrada, SP: 210 |
Sebastião Maurício Santos, MG: 210, 211 |
Érico Rodrigues Silva, MG: 211 |
Sérgio S. Correia Jr., RJ: 210,
211, 212 |
Fernando Carvalho Ramos, RS: 211 |
Tsunediro Takahashi, SP- 211 |
Flávio Ricardo L. da Cunha, GO: 211 |
Victor Chakur.SP-210,211 |
Florival
Carlos Souza, GO: 210, 211 |
Wanderley
Gambá, SP- 211, 212 |
Geraldo Cláudio Broetto,
ES: 210 |
Robério
L. de Carvalho, CE - 210, 211 |
Geraldo Perlino
Jr., SP: 211, 212, 213 |
Paulo Sérgio C. Lino.MG-212 |
Henrique O. Pires, MG: 210, 211, 212 |
Milton Dini Maciel, SP - 210, 211, 212 |
Jaime Oliveira, SE: 211, 212 |
Carl Henning Schinke, RJ |
Nota
da RPM
Na solução do problema 212, publicada na p. 44 da seção
Problemas da RPM 52, há uma frase sem sentido. Trata-se da frase
que começa:
Pela congruência dos triângulos CXP e ...,
que deve ser substituída por:
Pela congruência dos triângulos CXP e (caso
)
e dos triângulos CXQ e ,
concluímos que 
Pedimos desculpas aos nossos leitores pela falha involuntária. |