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O
público: cerca de 40 garotos de 11 a 12 anos.
Na
classe, 5 fileiras de 8 carteiras.
No
início da aula o professor pediu um pequeno deslocamento das carteiras
para que a cadafileira correspondesse um corredor, como no esquema ao
lado. Em seguida, pediu que uma reta numerada fosse desenhada, com giz, no
chão de cada corredor e nela se representassem os números de – 10 a +
10.
O
primeiro jogo que o professor ensinou foi o seguinte:
- Um aluno coloca-se na marca do “0”,
- Outro aluno dá uma instrução do tipo “ande – 3”, o aluno que
estava no “0” anda até “
– 3”.
- Outro aluno vai para o “0”, a ordem “ande 5” faz com que ele se
desloque até +5.
- Rapidamente todos aprenderam o jogo.
A
brincadeira seguinte envolvia 3 alunos de cada fileira (os outros
controlavam) e consistia no seguinte:
- um 1o. aluno se colocava na marca do zero,
- um 2º aluno dava as ordens,
- um 3o aluno registrava no quadro negro, dividido em 5 colunas,
o que estava sendo feito.
O
2o. aluno dava ordens do tipo: “ande – 2 e depois ande –
4 e diga onde parou”.
O
1o. aluno executava as ordens e dizia: “–6”.
O
3o. aluno escrevia: (-2)
+ (-4)
= (-6).
Isto era repetido:
“ande
– 3, depois + 5 e diga onde parou” - resposta: +2 – registrava-se:
(-3)
+ (+5) = (+2)
A
brincadeira continuou bastante tempo, com envolvimento total da classe.
(Disse-me o professor que, às vezes, dividia cada fileira em 2 times, um
time dando as ordens e o outro, executando e registrando os resultados –
quando alguém errava, os times trocavam de papel).
Uns
10 minutos antes de terminar a aula, o professor pediu silêncio, dizendo
que agora era a vez dele entrar na brincadeira. Ele desenhou no quadro
negro a reta numerada.
e
perguntou à classe:
“Quanto
é – 4 + 7?”
Foi muito interessante observar o movimento que os garotos faziam com
os dedos:
e
o grito: +3.
Disse-me
o professor que nas aulas
seguintes sempre desenhava a
reta numerada no quadro negro mas,
cada vez menos alunos
precisavam mover o dedo para chegar ao
resultado de uma adição. Aparentemente, os alunos vão percebendo como
efetuar as adições sem que jamais o professor precise dar a receita:
“sinais iguais, soma e dá o sinal comum; sinais diferentes...”
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