No ano letivo de 2001, nas turmas de 8a série, valendo-me da proximidade do dia das mães, resolvi propor a seguinte atividade:

Numa folha de papel cartão/cartolina, construir dois semicírculos com o diâmetro nos dois lados consecutivos de um quadrado e recortar.

Os alunos ficaram perplexos com o resultado!

Coração, professor! Afirmaram.

Assim, eles aprenderam esse novo modo de construir um coração! Uns dobraram uma folha ao meio e construíram cartões com formato de um coração.

Outros mais ousados queriam fazer caixas com formato de coração e perceberam que era necessário a medida do comprimento da folha para construir a parte lateral da caixa. A largura da folha determinaria a altura da caixa.

De repente, Carina, balbuciou: Comprimento da circunferência mais dois lados do quadrado, professor!

Carina fez duas caixas: numa delas partiu de um quadrado de   146 mm e noutra partiu de um quadrado de 150 mm, assim a caixa maior serviu de tampa. Perguntei a finalidade da caixa e a Carina disse que iria presentear a mãe com um CD.

Poderia ter provocado outros desdobramentos, como construir uma caixa coração para transferir os bombons de uma caixa prismática de base retangular (daquelas que normalmente encontramos nos supermercados). Essa situação envolveria cálculo de volumes.

Uma outra atividade interessante: construir dois triângulos equiláteros invertidos e concordar arcos de 60° (raio igual metade do lado) e arcos de 180° (raio quarta parte do lado)!

Poderemos investigar muita geometria nessa romântica figura.

Nota: Figura ilustrativa do significado geométrico do coração, do Dicionário Lello Universal (Dicionário Enciclopédico Luso-Brasileiro em 4 volumes) – Lello & irmãos editores – Porto, Portugal.