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Em 1997, na RPM 33, na seção ...e probleminhas foi publicado o problema dos ceifeiros. Desde então vários leitores têm pedido a solução desse problema sendo que algumas vezes os ceifeiros são transformados em cortadores de cana. Eis o problema e a sua solução: Uma turma de ceifeiros deveria trabalhar em duas roças, uma com o dobro da área da outra. Durante meio dia, todos trabalharam na roça maior, depois do almoço, metade da turma continuou na roça grande e a outra metade passou para a roça menor. No fim da tarde, o trabalho estava quase terminado, faltando apenas uma pequena faixa da roça menor. Esse pedaço foi concluído por um único trabalhador, que ceifou o dia seguinte inteiro. Quantos eram os ceifeiros? Solução: Seja A a área da roça menor. Então, a área da roça maior será 2 A. Suponhamos que o número de ceifeiros seja igual a 2n. Vamos traduzir as informações dadas no problema: 2n + n ceifeiros, em meio dia, ceifariam o campo maior, isto é, 3n ceifeiros, em meio dia, ceifariam 2 A. Então,
Escreve-nos um leitor de Alagoas:
RPM:
Para
entender porque a regra egípcia funciona, basta
escrever um dos fatores na base 2. que é o que está feito na tabela. Os “antigos” achavam fácil duplicar e somar. Somente a justificativa é “moderna”.
Com certa freqüência, a RPM recebe perguntas envolvendo definições. Uma leitora perguntou paralelogramos são trapézios? De outra leitora, ângulos adjacentes são necessariamente suplementares? E de um leitor do Maranhão, o que são conjuntos próprios? RPM: Definições atribuem nomes a certas situações. Há definições (nomes) de uso unânime. Por exemplo, triângulo equilátero é um triângulo que tem três lados de igual medida. Já outras definições não contam com essa unanimidade. Trapézio, para alguns, é um quadrilátero com dois lados paralelos (então um paralelogramo é um trapézio). Para outros, trapézio é um quadrilátero que tem exatamente dois lados paralelos (para esses, um paralelogramo não é um trapézio). Ângulos adjacentes, na maioria dos nossos livros didáticos, são ângulos que têm um lado comum e não têm pontos internos comuns. Não há a exigência de que sejam suplementares. Mas também existem livros que definem ângulos adjacentes como sendo aqueles que têm um lado comum e a reunião dos outros dois lados é uma reta (portanto, suplementares). A origem desta última definição é curiosa. No livro original Fundamentos de Geometria, de David Hilbert, cap. 1, §6, está escrito, em alemão: dois ângulos que têm em comum um vértice e um lado e os outros dois lados formam uma reta chamam-se nebenwinkel. Na versão em inglês, do mesmo livro, o tradutor chamou esses ângulos de supplementary. Na versão em francês, supplémentaire e na versão em espanhol, adyacentes. Em alemão, winkel significa ângulo e neben, na linguagem cotidiana, significa “ao lado de”. Em português, vamos fazer o quê? Não se aplicam às definições anteriores os adjetivos “certo” ou “errado”. No ensino médio, o melhor caminho é escolher a definição do livro adotado. Já a pergunta do nosso colega do Maranhão levanta outro problema. A expressão “conjunto próprio” não faz parte da linguagem dos matemáticos; e no ensino médio, não se deve inventar definições. Existe a expressão “subconjunto próprio” – A é subconjunto próprio de B se A está contido em B , não é vazio e é diferente de B. Mas a RPM nunca ouviu falar de um “conjunto próprio”. Isso faz lembrar a história de um professor que dizia que { 2ª feira, 3ª feira, 4ª feira, 5ª feira , 6ª feira} era um “conjunto incompleto” porque estava faltando o sábado e o domingo!
Um leitor nos mandou o problema que ele encontrou na internet: São considerados conjuntos A, de cem números naturais distintos, que têm a propriedade: escolhendo-se três elementos quaisquer, a, b e c em A, (iguais ou distintos), existe um triângulo não obtusângulo cujos lados medem a, b e c unidades. Para cada conjunto A, nas condições anteriores, denotamos por S(A) a soma dos perímetros dos triângulos considerados na definição. Qual é o valor mínimo possível de S(A)? RPM: Seja com . O triângulo de maior ângulo é o de lados . Para que seja não obtusângulo: , isto é, . Para que a soma dos perímetros seja mínima, os elementos de A devem ser os menores possíveis, isto é, devem formar uma PA de razão 1, logo, . Portanto, Quantos triângulos pode-se formar? escalenos, isósceles e 100 equiláteros, num total de 171700 triângulos. Esses triângulos têm 515100 lados: 5151 de comprimento 240, 5151 de comprimento 241, ... 5151 de comprimento 339. A soma de todos esses lados, isto é, S(A) é igual a .
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