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O
colega Luiz Humberto Ribeiro dos
Santos, de Araucária, PR, escreve-nos, dando parabéns à equipe da RPM pelo excelente nível da revista e pela iniciativa de fazer o
CD-ROM, que vai agilizar futuras consultas. RPM:
Agradecemos os elogios, que representam para nós mais um estímulo, e os
repartimos entre todos os que colaboram para que a RPM
continue atingindo seu objetivo de ajudar o professor a melhorar suas
aulas. E “todos” são: os leitores, autores, editores, funcionários e
instituições envolvidas.
Esse
é o título dado por nosso colega Júlio
César dos Reis, de Uberlândia, MG, a uma exposição sobre a
necessidade de o professor fazer ligações entre diferentes áreas dentro
da Matemática. Ele afirma que, numa ocasião em que tanto se fala em
transdisciplinaridade, interdisciplinaridade, temas transversais e outros
que tais, vale a pena lembrar que os temas transversais aparecem já
dentro da própria Matemática. Dá alguns exemplos, entre eles, sugere
que se faça uma ponte entre o estudo de funções polinomiais do 1o
grau e o de Progressões Aritméticas, que podem ser consideradas como
restrições dessas funções ao conjunto dos números naturais. Ele
ilustra sua apresentação com uma citação de Henri Poincaré, matemático
francês que viveu entre 1854 e 1912: “Faz-se
ciência com os fatos, como se faz uma casa com pedras, mas uma acumulação
de fatos não é ciência, assim como um monte de pedras não é uma casa”.
E alerta para a necessidade de que o aluno não receba as informações
sobre os fatos da Matemática como um amontoado de pedras, mas que seja
auxiliado pelo professor a construir uma estrutura com tais fatos.
Escreve-nos
mais uma vez nosso leitor e colaborador Sebastião
Vieira do Nascimento, de
Campina Grande, PB, a respeito do artigo de Lenimar Nunes de Andrade sobre
quadrados mágicos (RPM 41, págs.
12-16). No referido artigo o autor afirma que essencialmente existe um só
quadrado mágico de ordem 3. O colega Sebastião lembra que isso acontece
porque o autor utiliza somente os números de 1 a 9, o que determina que a
constante mágica do quadrado de ordem 3 seja 15. Sem essa condição,
podendo preencher os espaços com números naturais quaisquer, o colega
apresenta outros quadrados mágicos de ordem 3:
RPM:
Com efeito, se a
e b
são os dois primeiros elementos da 1a linha
e se k
é um número natural tal que
,
e
, então é possível
construir o quadrado mágico de constante
3k que começa com a
e b. É possível verificar esse resultado de forma análoga à feita
na RPM 41. E para qualquer
desses quadrados continuam válidas as propriedades encontradas pelo
colega Sebastião.
Escreve-nos
o colega Antonio Alexandre Silva,
de São Paulo, SP, sugerindo a abertura de uma discussão sobre a queixa
de professores de outras disciplinas quanto à dificuldade de seus alunos
para aplicar a Matemática. Alegam muitos deles que a dificuldade do aluno
não está na matéria que lecionam, e sim na utilização da Matemática.
Ele cita uma entrevista de Luiz Márcio Imenes ao jornal Folha
de São Paulo, onde o entrevistado identifica o que considera os três
principais equívocos no ensino da Matemática: o de que a Matemática
seja só fazer contas, de que ela seja fechada em si mesma e a organização
linear dos conteúdos. O missivista considera que a primeira coisa a fazer
seja quebrar a apresentação linear dos conteúdos. RPM: E você, colega leitor, o que acha? E, por falar no Luiz Márcio Imenes, temos saudades da colaboração dele. Vocês se lembram da seção Para que serve?
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