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Lenimar
Nunes de Andrade
Quadrados
mágicos têm intrigado matemáticos, cientistas e curiosos por séculos.
O exemplo conhecido mais antigo é o Loh-Shu, encontrado na China.
Uma
abordagem algébrica Um
quadrado mágico de ordem n pode ser definido
como sendo uma matriz
onde os elementos
pertencem ao subconjunto de IN
, são dois a dois distintos e a soma dos números de qualquer linha,
qualquer coluna e de qualquer uma das duas diagonais é igual a uma
constante M. A
constante M
pode ser facilmente calculada em função de
n.
Para isso, basta observar que a soma das
n
linhas da matriz é igual a
. Por outro lado, essa soma
é igual a
.
À
primeira vista pode parecer que há uma infinidade de quadrados mágicos
de ordem 3, bastando para isso atribuirmos valores inteiros às variáveis
a
e b. Mas isso deve ser
feito levando em conta que os valores obtidos devem ser inteiros não
repetidos no intervalo
. Por isso,
pode assumir apenas os
valores
,
,
,
,
,
,
, ou
, fornecendo os quadrados:
Cada
um desses oito quadrados pode ser obtido a partir de qualquer um dos
outros através de operações de troca de linhas, troca de colunas ou
transposição de matrizes. Nesse caso, dizemos que os quadrados são idênticos
e que existe um único quadrado mágico de ordem 3.
As
técnicas de construção de quadrados mágicos são divididas em três
classes. Existem técnicas específicas para quadrados mágicos de ordem
ímpar, outras para os de ordem par e não múltipla de 4 e outras para os
de ordem múltipla de 4. 2.1
Quadrados mágicos de ordem
ímpar Uma
das técnicas mais conhecidas para construção de quadrados mágicos de
ordem ímpar é o método de Kraitchik
(1942). Esse método está descrito na RPM
39, na segunda metade da página 20. 2.2
Quadrados mágicos de ordem n par e não múltipla
de 4 Uma
técnica simples para construção desse tipo de quadrado é conhecida
como técnica de Conway ou método
“LUX”. Se
,
, escrevemos uma matriz auxiliar de ordem
formada por
linhas de L,
1
linha de U e
linhas de X
(veja o exemplo abaixo para o
quadrado
,
, no qual temos 3 linhas de L,
1 linha de U
e 1
linha de X). Troque
o U do meio pelo L
logo acima dele. Supondo
cada letra L, U
ou X
no centro de um quadrado
, preencha cada um desses quadrados com números do seguinte modo:
distribua os
inteiros de 1 a
de 4
em 4
, levando em consideração o formato de cada letra (veja no exemplo o
quadrado
,
);
a ordem de escolha
das letras para se fazer a distribuição dos números é a do quadrado de
ordem
gerado pela técnica de Kraitchik
descrita na RPM
39 (no caso do exemplo é o quadrado
da direita).
Os
quadrados mágicos com ordens n múltiplas de 4 são
os de construção mais fácil. Basta preencher a primeira linha com
inteiros de 1 a n,
a segunda linha de
a
e assim por diante, até
preencher a última linha com os inteiros de
a
. Depois, subdividir o quadrado
em
quadrados
e, para cada um desses
quadrados menores, trocar os elementos
de suas duas diagonais
por
. Veja exemplos para
e
.
Em
geral, é um problema ainda não resolvido o cálculo da quantidade de
quadrados mágicos de uma determinada ordem.
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Referências:
Apesar de existirem muitos livros de Matemática recreativa sobre
quadrados mágicos, as informações aqui utilizadas foram obtidas via
Internet. Existem dezenas de endereços na rede mundial sobre esse
assunto. Dois deles, situados no Japão e nos Estados Unidos,
respectivamente, são: http://www.pse.che.tohoku.ac.jp/~msuzuki/MagicSquare.html
e
Mais
interessante, porém, é que um cavalo (do jogo de xadrez), começando seu
movimento em L a partir da casa
1, pode percorrer todas as 64 casas na ordem numérica. |