Alciléa Augusto
Rio de Janeiro, RJ

Correspondência:
RPM Cartas do leitor
Caixa Postal 66281
05315-970 São Paulo, SP

 

 

     E puxamos o tapete do Botelho, “aquele” da Coluna

Escreve-nos o antigo colaborador Manoel Henrique C. Botelho, de São Paulo, SP, dando parabéns à RPM por sua nova capa, sugerindo que se faça um número comemorativo dos 500 anos da descoberta do Brasil pelos portugueses e comentando o problema da pág. 56 da RPM 40. Conta ele que se sentiu como se lhe tivessem puxado o tapete, pois de há muito sabe que sen 32o e sen 148o são iguais, mas não tinha percebido que essa igualdade poderia levar a erros como o que foi apresentado naquela resolução.

RPM: Esta carta nos trouxe saudades da Coluna do Botelho! Quanto à nova capa, as opiniões se dividiram a favor e contra. Agradecemos as manifestações dos leitores a respeito, transmitimos os parabéns aos autores da nova capa e nós do Comitê Editorial assumimos a responsabilidade pela mudança que, como foi dito na introdução à RPM 40, pretendeu marcar uma nova etapa na vida de nossa tão querida Revista. Quanto ao número comemorativo dos “500 anos”, estamos pensando na idéia. Obrigada também por ela.

 

     Lisura dos institutos de pesquisa

Por e-mail, escreve-nos o leitor André L. Gadelha de Carvalho, do Rio de Janeiro, RJ, sobre o artigo A Estatística e as pesquisas eleitorais (RPM 40, 23-30), do qual gostou muito. Embora concordando com o autor quando afirma que é do interesse dos Institutos que seus resultados sejam o mais próximos possível da realidade, ele lembra que há outros elementos que intervêm no processo de avaliação e divulgação das pesquisas. Crê que os resultados devam ser publicados, mas que a sociedade deve amadurecer e não confiar cegamente neles e que as autoridades devam controlar melhor tais trabalhos.

 

     Pisando na bola...

O colega Rubens Linhares da Páscoa, de Fortaleza, CE, saúda a criação da seção Pisando na bola, mas lembra que o exemplo deve vir de casa. Reclama de incorreções no artigo Curiosidades (RPM 40, pág.13-14), na maioria delas quanto à utilização da palavra número em várias situações em que ele usaria numeral.

RPM: O colega está certo quando diz que o exemplo deve vir de casa e nós temos tido o cuidado de nos retratarmos tão logo seja identificada a incorreção. Por exemplo, neste número da RPM estamos fazendo, na seção Pisando na bola nosso mea culpa da incorreção cometida na RPM 40, quando inauguramos essa seção. No caso das Curiosidades, entretanto, achamos que se trata de uma liberdade de linguagem que no contexto não fere nenhum ponto conceitual. O colega concorda?

 

     Lógicas de conveniência

Escreve-nos o colega Ney de Moraes Fernandes, de Porto Alegre, RS, sobre a resposta dada à pergunta “Por que 0! = 1?” (RPM 37, pág. 61), acrescentando outros exemplos de definições em Matemática que podem parecer estranhas ou arbitrárias, mas cuja finalidade é a de estender a um contexto mais amplo regras que fazem sentido dentro de um contexto menor. A isso ele dá o nome de Lógica de conveniência. Cita alguns outros exemplos: a utilização do 0! na fórmula que dá o número de combinações de m elementos tomados p a p onde se usa (mp)!, quando m = p; a definição de n0 = 1 a fim de estender a regra da divisão de potências de base n ao caso de expoentes iguais; e a regra “menos por menos dá mais” para estender a distributividade.


 

       Bibliografia para concursos e vestibulares

O colega Hervison B. Soares, de Maravilha, AL, escreve-nos contando que é estudante, já dá aulas de Inglês e aulas particulares de Matemática. Ele pretende fazer vestibular e nos pede sugestão de livros para estudar.

RPM: Em nossa seção de Livros temos resenhado livros que consideramos de interesse para o professor; nossos artigos em sua maioria são acompanhados de referências bibliográficas, e a SBM publica a Coleção do Professor de Matemática que vem anunciada neste número. Quanto aos livros didáticos, o MEC tem feito sistematicamente análise  deles e uma publicação com os resultados dessa análise encontra-se nas escolas ou pode ser solicitada ao MEC pelas escolas que não a receberam. Quando se trata, entretanto, de concursos ou vestibulares, cremos que a melhor bibliografia é aquela indicada no respectivo programa. Assim fica difícil fazer indicações genéricas.