|
|
||||
- Entre outras perguntas, uma leitora de Avaré, SP, pede que se resolva o exercício 250 da pág. 103 do livro 4 de G. Iezzi e S. Hazzan:
RPM:
Sejam AO, BO, CO bissetrizes internas e M, N, P, respectivamente os pés das perpendiculares, por O, aos lados do triângulo ABC. Por congruência de triângulos, Têm-se então
Chamando, agora, de p o semiperímetro do triângulo ABC, têm-se x + y + z = p e a
= y + z = p – x b
= x + z = p – y c
= x + y = p – z pois neste determinante a soma das 2 primeiras linhas é igual ao produto da terceira linha por p. Um colega de Realengo, RJ, gostaria de conhecer uma resolução simples para a equação cuja solução x = 4 é conhecida. RPM: Sendo
conhecida esta solução, verifiquemos se existem outras. A equação dada
equivale a
e raízes desta são as
abscissas dos pontos comuns aos gráficos de
e
, logo a raiz é uma só mesmo e esta já é conhecida.
Um processo algébrico pode ser o seguinte: fazendo , a equação dada se transforma em y4 + y – 18 = 0. Isto é, conhecidas as raízes positivas desta, teremos as raízes da equação dada. Ora, y = 2 é solução desta equação, devemos ter, portanto: y4 + y – 18 = (y – 2) (ay3 + by2 + cy + d), onde, efetuando o produto e identificando os coeficientes, têm-se: a = 1, b = 2, c = 4 e d = 9, ou seja y4
+ y – 18 = (y – 2) (y3 + 2y2 + 4y + 9). Mas
y – 2 = 0 se, e só se, y = 2 e, se y ³
0 teremos: y3 + 2y2 + 4y + 9
9 > 0, donde a única solução positiva da equação em y é y = 2. - Um colega de Belém, PA, observa que, ao resolver o sistema de equações lineares
tomando como z a variável livre chegou à seguinte solução: (12 13; 11 11; ; 5 + 5) solução particular (1, 0, 1, 0) é obtida da primeira expressão para a = 1 e da segunda para a = 0. Pergunta: A 2ª solução, considerando t a variável livre, pode também ser considerada verdadeira? RPM:
A resposta é sim – e mais do que sim – não só “pode ser considerada verdadeira”, como, de fato, ela é verdadeira. A explicação é a seguinte: A “1ª solução” é o conjunto de todas as quádruplas: onde a representa um número real qualquer. Este conjunto tem infinitos elementos. A “2ª solução” é o conjunto de todas as quádruplas: representa um número real qualquer. Também este conjunto tem infinitos elementos. Acontece que estes dois conjuntos são iguais pois todos os elementos do primeiro são elementos do segundo, e reciprocamente. Isto pode ser visto da seguinte maneira: no 1º no 2º. Agora, no 2º conjunto, coloque 5 + 5 no lugar de b e ficará igualmente visível que os elementos do 2º conjunto estão no 1º. Assim, apesar da aparência diferente, os dois conjuntos de soluções são, na verdade, iguais. Um colega, de Nova Friburgo, RJ, gostaria de ver este problema resolvido na RPM.:
RPM: Trata-se de um problema freqüentemente trazido às salas de aulas por nossos alunos. Apresentamos aqui 2 soluções, a segunda das quais nos pareceu mais interessante, embora, recorrendo a um artifício: 1ª
Solução:
2ª
Solução:
A1A2...A18 é um polígono regular de 18 lados. As cordas A6A18 e A2A14 são iguais (abrangem 6 arcos de 20º) e são simétricas em relação a OA1. Cortam-se em E de OA1. O triângulo OA2A14 é isósceles e o ângulo do vértice mede 120º.
OA2A14 = 30º Os ângulos A18OA3 e A3OA6 medem 60º Portanto OA18A3A6 é um losango e A6A18 é mediatriz de OA3. D é eqüidistante de O e de A3 : DO = DA3 e, por simetria, DA3 = DA1.
Assim DO = DA1 e no triângulo isósceles ODA1,
DA1E
= 20º. DOM = 20º e OMD = 90º, portanto ODM = 70º e EDA2 = 70º O ângulo externo do triângulo A1DO mede 20º + 20º = 40º, isto é, A1DA2 = 40º
(Solução tirada de “Mathematical Gems II” de Ross Honsberger. MAA)
|