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162.
Três
mulheres A, B e C estão na fila da padaria: A
compra 5 pãezinhos, 2 litros de leite e um pacote de pó de café e tem
uma despesa total de R$ 6,20. B
gasta R$ 9,80 para comprar 6 pãezinhos, 2 litros de leite e 2 pacotes de
pó de café. Quanto C pagou por
8 pãezinhos, 3 litros de leite e 2 pacotes de pó de café?
(Adaptado do livro Mathematical
Quickies de Charles W. Trigg.)
164.
Prove que, para n
inteiro maior que 2,
(n!)2 > nn.
1.
Três casais -
Paulo, Luiz, José, Maria, Célia e Vera -
foram fazer compras. Ao voltar, cada uma das
6 pessoas observou que
a quantia que gastou era igual ao quadrado do número de objetos que havia
comprado. Paulo comprou 23
objetos a mais do que Célia, Luiz comprou
11 objetos a mais do
que Maria. Cada marido gastou 63 reais a mais do que a sua esposa. Quem é marido de quem? 2.
Uma pessoa cética
quanto às boas intenções da humanidade afirma que 70% dos homens são
desonestos, 70% são intolerantes e 70% são violentos. Se ela estiver
certa, numa amostra perfeita de 100 homens, qual é o número mínimo de
pessoas simultaneamente desonestas, intolerantes e violentas?
(Enviado
por Jorge Luis Rodrigues e Silva,
Fortaleza, CE.) 3. Uma loja está fazendo uma promoção na venda de balas: Compre x balas e ganhe x% de desconto. A promoção é válida para compras de no máximo 60 balas. Carlos e Daniel compraram 30 e 45 balas, respectivamente. Qual deles poderia ter comprado mais balas e gasto a mesma quantia, se empregasse melhor seus conhecimentos de Matemática?
(Tirado do livro A Matemática do ensino médio, volume 1. Coleção do Professor de
Matemática, SBM.) (Ver respostas na seção "O leitor pergunta")
154.
Sejam
o quadrado de vértices
,
,
e
e
o interior do quadrado.
Para cada
, considere
o ponto médio de
,
o quadrilátero
e
o interior de
. Encontre a interseção de todos os
. Solução: Se
Pn = (xn , yn), as coordenadas xn(e as yn) satisfazem a lei de recorrência: Esse
método é o seguinte: Procuram-se
soluções da forma xn = zn
, onde
z
é um número complexo. Então da
Estudando
o gráfico de
verificamos que ele
possui uma raiz real r,
com
, e duas raízes complexas
conjugadas,
e
. Como
, segue que
. O
termo geral da seqüência de recorrência é então dado por
.
concluímos
que as coordenadas
convergem. De modo análogo
mostra-se que as coordenadas
também convergem e então
segue que
=
.
Multiplicando
a 2a,
3a e
4a linhas
por 2
e observando que r,
e
são raízes de
, obtemos
, ou seja,
. O
mesmo procedimento para a coordenada
y
resulta em
. Portanto
.
(Solução
enviada por Antonio Luiz Pereira, SP, e
Antonio Caminha Muniz Neto, CE.) 155.
Escrevendo-se todos
os números naturais desde 8
até
, quantas vezes o algarismo 8
é utilizado? Solução: Vamos
considerar o problema em uma forma um pouco mais geral, isto é, vamos
contar quantas vezes o algarismo 8 aparece quando se escrevem os números
naturais de 8
até
. Naturalmente,
podemos começar do 0, e
podemos escrever qualquer um desses números
com n
dígitos, acrescentando 0
à esquerda se necessário. Por exemplo, se
n = 4,
escrevemos: 0000,
0001,
Nosso
objetivo é encontrar uma lei de recorrência para o número procurado.
Para tanto, vamos definir, para cada natural
, os números:
E,
também
, pois começamos contando os
oitos da primeira posição, depois os da segunda, etc. Com o oito fixado
em uma posição, nas outras
posições pode
aparecer qualquer dígito de 0
a 9
o que nos dá o
; o fator
n
aparece ao variarmos a posição fixada. 1o
caso:
o dígito na primeira casa não é o
8; logo, vamos contar
o número de oitos de 00...00
até 79...99. Nesse
caso o número de oitos será igual ao número de oitos que aparecem nas
demais
casas (que podem conter
dígitos de 0
a 9), multiplicando pelo número de dígitos possíveis na primeira
casa, que é oito (0, 1,
2, 3, 4,
5, 6
ou 7). Portanto, temos uma quantidade de oitos igual a
. 2o
caso:
o dígito na primeira casa é 8. Para
cada número escrito nas demais
casas, desde
00...00 (
dígitos) até 88...88 (
dígitos), temos um oito aparecendo na primeira casa. Isso nos dá
(n
1) oitos. Além disso,
temos mais oitos adicionais, sempre que eles aparecem em uma dessas
casas. Isso nos dá mais
(n
1) oitos. Segue que (n)
= 8
x
(n
1) +
(n
1) +
(n
1), que é a lei de recorrência
procurada. Para
calcular
(n)
temos de começar
calculando
(1), (1)
e (1), ou seja, considerar números
com apenas 1 algarismo.
Temos:
. Usando
a lei de recorrência para o cálculo de
, temos sucessivamente:
E
finalmente:
, que é o número procurado.
Naturalmente, poderíamos calcular
, caso desejássemos.
(Solução
enviada por Antonio Luiz Pereira, SP.) 156.
Demonstre ou dê um
contra-exemplo: Nenhum
número inteiro formado exclusivamente por dois ou mais algarismos iguais
pode ser um quadrado perfeito. Solução: Nenhum
número terminado em 2, 3,
7 ou
8, pode ser um quadrado perfeito. Portanto,
restam para serem
considerados os números terminados em
1, 4,
5, 6 e 9. Vamos
observar
que os números 55....5
e 66....6
podem ser representados nas formas: 5
(11.....1) e 6
(11.....1) e, como 11......1
não é múltiplo de 5
nem de
2, nenhum deles pode ser um quadrado perfeito. O
número 11....1
formado por n
algarismos iguais a 1,
para n > 2, é igual a 11
+ 102 + 103 + .........+ 10n-1 = 100(1 + 10 +...10n-3)
= 4n
+ 3 não
podendo ser um quadrado perfeito, pois se o fosse seria o quadrado de um número
ímpar, ou seja,
, que implicaria
, o que é absurdo. Finalmente
os números da forma 44...4
e 99.....9
são iguais ao produto de um quadrado perfeito por
11....1 e portanto não
são quadrados perfeitos.
(Adaptação
de soluções enviadas por vários leitores.) 157.O casal João e
Maria foi a uma festa na qual havia 3 outros casais.
Houve vários apertos de mão. Ninguém apertou a mão de seu cônjuge,
ninguém apertou a mão da mesma pessoa mais que uma vez e, naturalmente,
ninguém apertou a própria mão. Após os cumprimentos, João perguntou a
cada pessoa quantos apertos de mão havia dado e constatou que cada um
tinha uma resposta diferente, inclusive Maria. Quantos apertos de mão
Maria deu? Solução: Como
são 4 casais (8 pessoas) e ninguém cumprimenta a si mesmo, e nem o seu cônjuge,
o número máximo de apertos de mão que uma pessoa pode dar é 6. Como João
consultou 7 pessoas e obteve 7 respostas diferentes, essas respostas só
podem ter sido 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6. Vamos denotar os casais por A e B, C e
D, E e F, G e H. Vamos supor que
A respondeu que deu 6 apertos de
mão. Como ele não cumprimentou B,
os 6 certamente foram dados em C, D,
E, F, G, H e portanto cada uma dessas pessoas deu pelo menos um aperto
de mão. Segue-se que B, cônjuge
de A, é a única pessoa que
pode ter respondido 0. Se agora admitirmos que C respondeu que deu 5 apertos de mão, é claro que 1 foi em A e, como B não cumprimentou ninguém e C não pode ter cumprimentado D, conclui-se que os outros 4 foram dados a E, F, G, H e, portanto, essas 4 pessoas deram pelo menos 2 apertos de mão. Segue-se que a única pessoa que pode ter respondido que deu 1 aperto de mão é D. De
maneira análoga pode-se mostrar que, se E
deu 4 apertos de mão, seu cônjuge F
deu 2 e portanto G e H deram 3 cada um.
Como apenas uma pessoa disse que deu 3, segue-se que G e H são João e Maria e
portanto Maria deu 3 apertos de mão.
(Adaptado
da solução enviada por Francisco
Antonio Martins de Paiva, Fortaleza, CE.)
Nota:
Na relação de acertadores publicada na RPM
37 foi omitido o recebimento da solução do problema 150 enviada pelo
professor João Linneu do Amaral Prado, SP.
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