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O
professor Roberto Markarian é um destacado matemático uruguaio, que tem
realizado importantes trabalhos na área de Sistemas Dinâmicos. Embora
suas atividades como professor situem-se no nível universitário, sua
consciência de cidadão (que já lhe trouxe grandes dissabores durante
uma ditadura militar) o leva a preocupar-se com os problemas de ensino no
nível médio. A RPM tem a
grande satisfação de divulgar para os seus leitores o pensamento do
Professor Markarian. O
objetivo principal deste artigo é escrever sobre alguns problemas e situações
que se apresentam no aprendizado da Matemática no final do ciclo escolar,
mas foi impossível fazê-lo sem me referir a algumas questões muito mais
amplas ligadas às dificuldades da Matemática e seu aprendizado em geral.
As subseções da primeira parte (o ensino da Matemática em geral) estão
numeradas 1, 2,
3, ... e as subseções
do artigo em si estão ordenadas por letras maiúsculas
A,
B, C,
... Estas
notas carecem de exemplos detalhados, da experiência própria de
trabalhar com crianças de aproximadamente 10 anos, mas podem ter a valia
de quem lida e gosta de lidar com jovens nos quais as dificuldades de
aprendizagem de dois qüinqüênios anteriores refletem-se em dolorosos
traumas de estudo, e de quem fez do ensino e da pesquisa matemática a sua
profissão. O
ensino da Matemática em todos os níveis apresenta-se como um problema
insolúvel. Tem causas e manifestações distintas em países com
diferentes graus de desenvolvimento econômico e cultural. Algumas têm
componentes que são próprios dos países com menor desenvolvimento
industrial ou menor independência agronômica ou com economias muito
dependentes dos investimentos, das flutuações de mercado ou de políticas
externas. Poder-se-ia
resumir a explicação do porquê de a disciplina ser motivo de tantas
preocupações para alunos, professores e pais nos seguintes três
aspectos:
Em nações onde a aplicação criativa do conhecimento para o
desenvolvimento de novas tecnologias não constitui parte da mentalidade
dominante, é difícil aumentar o prestígio e o reconhecimento das ciências
básicas necessárias para tais desenvolvimentos. Nesses países (incluso
o do autor desta nota), os que marcam explícita ou implicitamente os
rumos da evolução econômica, dos investimentos, da ocupação de mão-de-obra
têm por orientação central a importação de maquinária ou técnicas e
a sua adaptação ao terreno ou produção primária do lugar. Portanto,
dificilmente eles promovem uma cultura na qual a criação de conhecimento
autóctone, sustentado no conhecimento básico, ocupe um lugar destacado
no desenvolvimento global. Isso
não significa que seu discurso, suas arengas, etc. não sejam carregados
de alentos à promoção das ciências e seu caráter nacional. Mas me
refiro a aspectos mais substanciais, mais estruturais da sociedade e não
somente ao que governantes ou líderes empresariais possam escrever ou
dizer. De um modo mais claro e esquemático: em uma economia que não está
baseada na criação de técnicas próprias para resolver os seus
problemas não há promoção do conhecimento científico e menos ainda da
ciência mais abstrata, a de menor conteúdo fatual: a Matemática. Como
exemplo da importância do conhecimento básico para a criação de ciências
e técnicas a fim de atender às necessidades autóctones (nacionais, diríamos
agora), seria útil citar o que sucedeu na América Pré-Hispânica. O
melhoramento do milho, a decisão de quando plantar, a introdução da roça
como procedimento para ganhar novos terrenos cultiváveis, são invenções
próprias que respondiam à geografia e aos meios disponíveis: foi criação
autóctone de tecnologia. Esses progressos foram simultâneos com a criação
de sistemas de contagem do tempo (calendário, saber astronômico), com a
invenção de sistemas de numeração e de formas de linguagem escrita.
Tudo isso é conhecimento básico, sem o qual aquelas necessidades agrícolas
não poderiam ter sido satisfeitas. A invenção de tecnologia própria
– incluindo a adaptação de técnicas conhecidas aos problemas,
materiais, tradições do lugar – é impossível se não foram
desenvolvidas vigorosamente as ciências básicas de tais tecnologias:
Biologia, Física, Química, Matemática e os procedimentos que se situam
entre essas ciências e as aplicações.
O
objetivo da Matemática é um tanto imperceptível. A abstração das
propriedades quantitativas ou geométricas que caracterizam as primeiras
noções estudadas nos cursos de Matemática constituem um processo de
complicada assimilação. Pequenos erros nesse processo tornam muito difícil
a assimilação de novos conceitos e procedimentos, gerando grandes
traumas futuros. Por outro lado, a memorização de uma nomenclatura
diferente e muito precisa introduz componentes que não são usuais na
vida diária. Por
sua vez, tais formas de pensar, de poder “desmaterializar” os objetos
são parte de nossa relação com a natureza, que nos diferencia de outros
animais avançados. A compreensão de propriedades globais dos objetos que
nos são apresentados não se faz por mera acumulação. Faz-se por
reordenação, por associação de semelhanças, que são parte
fundamental do conhecimento matemático. A aceitação e compreensão das
dificuldades da Matemática e, por sua vez, da necessidade de sua aplicação
são básicas para poder analisar o problema do ensino da Matemática em nível
alto e com competência.
O
grave problema do ensino da Matemática não é exclusividade dessa
disciplina. Atualmente admite-se que todo o sistema educacional está em
crise. Que a velocidade das mudanças nos grandes e pequenos processos
introduziu imensas dificuldades na sistematização do conhecimento e,
portanto, em sua divulgação e ensino. Sem ser muito rigoroso, pode-se
dizer que a interação aluno-docente que caracteriza o aprendizado dá-se
sobre a base do estado atual do conhecimento e está fortemente
influenciada pelos interesses de ambas as partes. O docente, a parte
conservadora dessa relação, a que representa o social, o adquirido, o
que deve ser conservado (nesse sentido usei a expressão
“conservadora”), tem grandes dificuldades para manter-se em dia com os
conhecimentos. O estudante é sacudido por elementos alheios ao ensino
formal: os meios de comunicação, a cultura de consumo, em alguns casos;
o atraso cultural, a destruição da família, a pobreza endêmica, em
outros; pior ainda, tudo misturado, muitas vezes. Para cumprir
adequadamente sua função, o docente deveria saber como esses aspectos
refletem-se no estudante, coisa que, na atualidade, em geral não
acontece. A defasagem entre o que o docente tem para transmitir e o que o
estudante espera receber gera um desinteresse que interfere de maneira
fundamental no aprendizado. As
questões analisadas em 1 e
2 produzem
efeitos característicos nas crises do ensino de Matemática. Há um
processo de descrença da importância do conhecimento abstrato,
beneficiado pelas questões econômicas e sociais a que nos referimos no
começo e também pela cultura do lucro imediato, do “o que é bom é o
que se pode consumir”. Tudo isso gera uma espécie de despreocupação
e, em muitos casos, uma desnaturalização do conhecimento matemático.
Com isso quero dizer que a excessiva ênfase nas motivações, em tornar
atrativo o objeto do estudo, leva a um descuido do ensino da Matemática
em si, das estruturas gerais e suas relações. Por
outro lado, as dificuldades da disciplina também se manifestam em freqüentes
mudanças de programas, métodos pedagógicos e ênfases temáticas que
dificultam a formação dos seus docentes. Esses não conseguem ajustar
sua formação e atualização às mudanças da disciplina e às
incrementadas (tanto em número quanto em qualidade) solicitações
sociais. Nos últimos 30 anos, por exemplo, houve, de início, uma mudança
acentuada para um ensino muito formalizado (que se decidiu chamar Matemática
Moderna) e logo um forte questionamento de tais orientações. Isso
causou, inclusive, rancores difíceis de superar entre adeptos de umas ou
outras posições. Tudo
isso faz com que a Matemática seja mal ensinada em sua forma e conteúdo,
o que constitui uma grave falha social. Do exposto acima fica claro que não
sou dos que acham que tudo está nas mãos daqueles a quem ensinamos Matemática;
também não creio que somente com um grande esforço pedagógico os
problemas do aprendizado da Matemática possam ser solucionados. Porém, a
percepção de nossas limitações não nos exime da obrigação de
pensar, opinar, dar soluções a problemas tão angustiantes e de indubitável
impacto cultural. No
restante deste artigo apresentarei, através de blocos temáticos, alguns
dos problemas de aprendizagem da Matemática em crianças que estão
finalizando o ensino primário.
O
bom desempenho em Matemática é considerado, em geral, como uma mostra de
sabedoria e inteligência. Consideram-se as pessoas que têm facilidade
para Matemática como gente especial, com algum dom extraordinário: o
saber matemático goza de prestígio. Isso se deve, por um lado, ao fato
de que as dificuldades da disciplina fazem com que quem a sabe ou a
aprende com facilidade seja visto como diferente, especialmente dotado;
por outro lado, os jovens com particular facilidade para a Matemática, em
geral, têm também facilidade para formar conceitos em outras
disciplinas, para continuar a concatenação lógica de raciocínios, até
para encontrar semelhanças em geografia, física, ... Esse
“prestígio”, por sua vez, gera em quem tem dificuldades uma aversão
muito forte à Matemática. Sentem-se aparvalhados, passam a ignorar a
beleza, a coerência e a ordenação da disciplina e a recusar qualquer
tipo de formalização por sua semelhança com a formalização matemática.
É bastante comum que os estudantes com dificuldades sejam mais retraídos,
sintam que não poderão ocupar papéis importantes em suas atividades ou
obter ocupações de destaque e modernas. Consideram-se humilhados perante
seus professores de Matemática e, mais adiante, muitos deles serão
incapazes de ter uma base mínima para incorporar conhecimentos matemáticos
ou meramente quantitativos, que lhes permitam avançar normalmente nos
seus estudos.
O
conhecimento matemático inclui a memorização sistemática e
classificada de uma quantidade muito grande de dados, de informação que
deverá ser utilizada automaticamente: as tabuadas da multiplicação, os
valores de algumas funções (trigonométricas, por exemplo), o
significado e valores de muitos símbolos (p,
por exemplo), equivalência entre diferentes unidades de medida, valores
de raízes quadradas, fórmulas de comprimentos, áreas, volumes. Essa
informação deve ser “guardada” com precisão, com detalhes: 3 vezes
8 não é “quase” 25 é 24; símbolos muito parecidos são distintos
se cumprem funções diferentes; a vírgula dos números decimais deve ser
colocada em um lugar exato se desejamos representar um número dado, etc. Tornar
operativa, com velocidade, essa massa de informação é parte do
conhecimento matemático. Quem tiver dificuldades para recordar algumas
dessas informações elementares, dificilmente poderá acompanhar raciocínios
mais complicados ou fazer exercícios que envolvam essas operações.
Além
da armazenagem de informação, o saber matemático inclui a realização
de um número muito grande de operações e rotinas a serem aplicadas em
ordem correta e com precisão. Nessas operações incluo certas
propriedades de uso sistemático. Vejamos alguns exemplos: a
comutatividade das operações elementares (cujo conhecimento diminui o número
de resultados a recordar); “o símbolo + transforma-se em – ao passar
uma parcela para o outro lado do símbolo =”; a realização de operações
iterativas, em que a repetição é a chave do êxito (a divisão, por
exemplo). Essa habilidade inclui também a boa utilização ou o
adestramento na memória presente, para não ficar perdido no meio de um
raciocínio de muitas etapas. Essa
capacidade para integrar diferentes informações e processá-las de
maneira mais ou menos rotineira é também parte da boa formação em
Matemática. A falta dessa capacidade gera a impossibilidade de saber o
que fazer com objetos matemáticos usuais e como prosseguir com operações
previamente estudadas.
O
aprendizado da Matemática depende muito de uma linguagem e de símbolos
próprios e específicos. Essas linguagens e simbolismos a tornam, por sua
vez, mais inacessível. Pode-se dizer que são um “mal necessário”.
É interessante observar que esses elementos decisivos no progresso da
Matemática demoraram muito para se desenvolver com toda a força:
consolidaram-se só no século XVI com o desenvolvimento da notação e
formalismo da Álgebra. As
dificuldades inerentes à linguagem e ao simbolismo matemáticos obrigam a
tomar o devido cuidado na utilização de tais instrumentos no ensino. A
linguagem em si não motiva; as idéias sim. Nenhum aluno pode
interessar-se por algo em que não veja algum elemento que satisfaça ou
aguce sua curiosidade. Isso é verdade inclusive para os matemáticos que
contribuem para o desenvolvimento da sua ciência. Estão interessados nas
idéias, métodos e técnicas que fazem parte da sua disciplina. Vamos
introduzindo linguagens e simbolismos por necessidades práticas. O mesmo
pode se dizer no ensino: introduzi-los quando se tornam necessários para
auxiliar o aprendizado de coisas verdadeiramente relevantes. Nessa
categoria de problemas também entram os padrões, esquemas,
palavras-chaves que o estudante deve poder reconhecer rapidamente para
utilizar as técnicas adequadas. As representações geométricas, o
reconhecimento de figuras ou de representação gráfica (colunas,
diagonais, conjuntos de números), formam parte das perícias a que
fazemos referência neste item. Esses procedimentos incluem doses muito
grandes de abstração, pois esses padrões aparecem com apresentações
explícitas ou visuais muito diferentes. A interpretação precisa,
inclusive visual, de algumas definições abstratas é crucial para avançar
na compreensão de diversos entes geométricos: circunferência,
paralelas, equilátero. A
linguagem, os símbolos e os padrões matemáticos bem assimilados e
utilizados sistematicamente em outras esferas da atividade e na ciência são
ferramentas de comunicação e sistematização fundamentais. Enriquecem a
capacidade de transmissão, simplificam modos de pensar, ajudam a chegar
diretamente ao cerne dos problemas. Mais ainda, o bom manejo desses
elementos na linguagem oral clarifica a apresentação de idéias
complicadas e evita circunlóquios e rodeios na descrição de situações.
As
cadeias de raciocínios, características da Matemática, são uma das
questões principais que o estudante deve aprender. Bertrand Russel
escreveu que na realidade a Matemática é um grande silogismo, e que uma
vez dadas certas definições, grandes áreas da Matemática se constroem
“pensando bem”. Não concordo com essa idéia in
totum: grande parte do que me propus a descrever na primeira parte do
trabalho (em particular no item 1)
refere-se à correspondência
da Matemática com a realidade, ao seu caráter não arbitrário.
Porém não é menos certo que o bom aprendizado da Matemática inclui os
grandes elementos do raciocínio correto, da dedução possível, das
dependências permitidas entre conceitos. Essas
virtudes do modo de pensar matemático não devem ser contrapostas às
características antes anotadas, em particular, à necessária memorização
de definições e procedimentos; muito menos ainda nas etapas iniciais da
educação. O
progresso na compreensão dos mecanismos lógicos necessita de um grau
avançado de conceituação, especialmente nessas etapas formativas. É
impossível raciocinar bem se os objetos do raciocínio não estão
definidos com precisão, se não se conhecem os elementos que os
constituem e seus limites. Muitas vezes uma dose generosa de memória pode
esconder grandes carências em certas conceituações (somar quebrados sem
saber muito bem o que representam as frações, por exemplo), mas freqüentemente
essas carências aparecem até porque com o passar do tempo tudo se
esquece. A
capacidade de resolução de problemas está fortemente baseada nesses
graus de conceituação e rigor lógico: identificação das perguntas
colocadas, utilização de alternativas válidas, mudança de estratégia
para atacar o problema em razão do fracasso de algo utilizado
previamente. Ainda
assim, as coisas devem caminhar no seu devido tempo. Do mesmo modo como na
evolução das idéias, também no ensino os conceitos devem ser
introduzidos à medida que vão sendo solicitados pelos tópicos
ensinados, à medida que o aluno esteja em condição de apreciar
criticamente a importância do que está aprendendo. Caso contrário o
resultado é negativo, pois, em lugar de estimular o aprendizado, produz o
efeito de gerar desinteresse por uma Matemática que trata de objetos
imperceptíveis que não são necessários nem em sua estrutura intrínseca. Nisso
também a evolução da ciência dá bons exemplos: os matemáticos
profissionais lidaram com funções durante quase dois séculos antes de
chegar à sua definição geral. Somente deram uma definição precisa
(com seus conteúdos e limites) quando a resolução de questões
delicadas (de convergência) tornou isso absolutamente necessário. A
introdução prematura de conceitos, como os de função injetora,
sobrejetora, inversa, composta, sem a utilização adequada desses
conceitos – e, portanto, sem revelar sua real importância – é um
exercício gratuito que se exige do estudante. Gratuito e
contraproducente.
A
resolução de problemas destaca, além dos aspectos lógicos e de
conceituações anteriormente aludidos, a importância do quantitativo em
Matemática: de saber estimar resultados e descartar soluções
improcedentes. Assim como é inaceitável que quem faz cálculos para
achar a velocidade de um ônibus obtenha como resultado 900 km por hora e
não procure o erro, um aluno médio de Matemática, ao multiplicar
sucessivamente três números de um algarismo, deve descartar resultados
que envolvam milhares. A
realização de cálculos “grosseiros” deve ser incentivada pelos
professores ainda mais em tempos em que tais cálculos são feitos com
pequenas máquinas, perdendo-se a noção de resultado aproximado, da
estimativa. É inadmissível que o bom raciocínio, que a boa memorização,
etc. não se complementem com o resultado mais imediato do saber matemático:
saber
quantificar fenômenos e acontecimentos, e operar com os números da
quantificação.
Por
último, creio ser útil destacar o caráter cumulativo do conhecimento
matemático. Esse aspecto é particularmente sentido pelos docentes dos
ciclos superiores do ensino: as carências acumuladas, incluindo as carências
de informação e de sistemática, geram imensas dificuldades na compreensão
de novas idéias. Expresso
com os devidos respeitos, pode se ser um excelente estudioso de ramos
amplos da História sabendo pouco do papel de Carlos Magno na Idade Média,
mas não se pode aprender Matemática nos últimos anos do curso secundário
se não se sabe somar frações. O saber matemático não tem a apresentação
de um queijo Emental: uma deliciosa massa com grandes buracos. A evolução
do aprendizado da Matemática nos ciclos primário e secundário deveria
de preferência ser uma massa uniforme cujos buracos seriam considerados
como vazios a preencher. Muitas
vezes diminui-se a importância desse caráter cumulativo dos estudos da
Matemática; considera-se uma exigência a mais dos professores, outra
reivindicação dos aspectos globais da matéria. Não é assim. A boa
compreensão dos conceitos anteriores, sua memorização, a prática, são
quase imprescindíveis para entender razoavelmente as etapas mais avançadas.
Facilita o aprendizado, consolida mais facilmente o novo. Todos os traços
analisados entre B e F
abonam a importância do acúmulo no conhecimento matemático. Peço ao
leitor uma breve recapitulação desses itens para convencer-se de que carências
em alguns aspectos refletem-se em debilidades nos outros. Espero
que estas anotações sobre o ensino da Matemática sejam úteis para os
leitores desta revista. De minha parte achei muito interessante e
estimulante fazer essa ordenação sobre temas que, de outra maneira, só
chamam minha atenção quando recebo as queixas que habitualmente se fazem
sobre as dificuldades para compreender a disciplina. Agradeço
a A. M. F. por diversas e importantes correções de estilo. Parte da
sistematização do segundo segmento desta nota inspirou-se em um artigo
incluído numa coleção dedicada ao “Desenvolvimento e comportamento
dos meninos maiores e adolescentes” Melvin D. Levin, Ronald L. Lindsay
& Martha S. Reed: The Wrath of Math. Pediatric
Clinics of North America,
39, 525-536 (1992). |
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