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Reta
furona? O
leitor João Patrício de Moura,
de Jundiaí, SP, estranhou a expressão “a reta r fura o plano no ponto...” que encontrou no livro de Paulo Boulos
e Ivan de Camargo, Geometria Analítica,
um tratamento vetorial, da Editora McGraw-Hill do Brasil e pergunta se
a expressão está correta do ponto de vista da linguagem matemática. RPM: Encontramos nesse livro várias vezes essa expressão usada
como linguagem corrente, o que, a nosso ver, não constitui um erro, mas
antes um abuso de linguagem que serve para ilustrar o conceito que se
pretende definir. Outros autores usam expressões análogas, como a reta encontra o plano ou o
plano corta a reta, etc. Expressões com significado matemático
preciso são, por exemplo, a reta é
transversal ao plano, usada no livro citado, ou a
reta intersecta o plano no ponto...
Invertendo os papéis
O
leitor Amadeu Carneiro de Almeida,
do Rio de Janeiro, RJ, apresenta uma solução interessante para a equação
. Depois de manipulações algébricas, ele chega naturalmente a uma equação do 4o grau em x. Em vez de tentar resolvê-la diretamente, ele considera a expressão obtida como uma equação literal do 2o grau, com coeficientes dependentes de x, da qual é uma solução. Resolvendo essa equação do 2o grau, ele encontra as soluções e , concluindo que, se um valor de x é tal que alguma das expressões ou seja igual a 5, então esse valor de x satisfaz a equação do 4o grau obtida anteriormente. Dessa forma, ele encontra as quatro soluções da equação do 4o grau. Analisando as soluções obtidas, das quais duas são negativas, ele acha o único valor de x solução da equação do 4o grau e que resolve também o problema dado. Se você estiver curioso, tente resolver o problema dessa
Caixinha
de fósforos
Conta-nos
o colega Aldo Vignatti, de São
Mateus, ES: Esta é uma adivinhação que meu tio aprendeu com um de seus
professores no curso de Engenharia e me apresentou, instigando-me a
curiosidade: 1. pedia que eu contasse os palitos de uma caixa de fósforos, sem lhe
dizer o resultado (eram 37); 2. eu devia retirar da caixinha a quantidade de palitos igual à soma
dos algarismos do número de palitos existentes (retirei 10 palitos da
caixa). Devolvi-lhe
a caixa, que ele balançou várias vezes junto aos ouvidos: tchan,
tchan, tchan, “cara de dúvida”, tchan,
tchan ... e, triunfante, anunciou: Há 27 palitos nesta caixa! Fiquei
atônito! Mistério! Como ele adivinhara se eu não lhe dissera número
algum? Hoje sei o que acontecia: meu tio sabia que a tal caixinha não
chegava a comportar 50 palitos. Se o número inicial de palitos fosse
escrito como xy, x o algarismo das dezenas (x
entre 0 e 4) e y o das unidades,
o número restante de palitos na caixa seria:
. Um número divisível por 9, portanto. As possibilidades no final seriam
ent ão: 9, 18, 27 ou 36. Ao
balançar a caixinha, ouvindo o som e sentindo seu peso, ele podia
escolher uma dessas 4 possibilidades com grandes chances de acertar. E
o colega conclui: Ainda hoje, mesmo conhecendo o “truque” de meu tio,
sou um apreciador dessa adivinhação. RPM: Uma
variação muito próxima dessa adivinhação foi publicada na RPM 19, pág. 29, sob o título
“De ouvido”. Mas o colega tem razão, vale a pena divulgá-la!
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