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Geraldo
Ávila
Os
autores de livros didáticos, ao tratarem da circunferência, da elipse e
da hipérbole, cometem excessos e omissões. Assim, no caso da circunferência,
eles se preocupam em pesquisar a equação geral do 2o
grau, em x
e y,
para
determinar as condições que os coeficientes devem satisfazer para que a
equação represente uma circunferência. Ora, isso é desnecessário;
basta observar que a condição
necessária e suficiente para que um ponto
ou
seja,
Daqui
decorre que a equação de qualquer circunferência é do tipo
as
coordenadas do centro sendo dadas por
Os
mesmos autores, ao tratarem a elipse, provam que se
o ponto
Mas
isso não basta para provar que essa é a equação da elipse; é preciso
demonstrar também a recíproca: se
Primeiramente
vamos recordar alguns pontos para compreensão do que vem a seguir. A
elipse costuma ser definida como sendo o
lugar geométrico dos pontos P do plano, cuja soma das distâncias a dois pontos fixos
F e F'
é constante. Isso
significa que, se P, P'
, P''
etc. são pontos da
elipse, então (Figura 1):
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Os
pontos
F
e F'
são os focos
da elipse e o ponto médio do segmento
FF'
é o seu centro.
Pondo
a
equação da elipse,
Para
eliminarmos os radicais, elevamos ambos os membros dessa equação ao
quadrado, donde resulta
ou
ainda, após simplificações,
O
radical desaparece com uma nova operação de elevar ao quadrado:
isto
é,
que
equivale a
Observe
que
Voltamos
a insistir em que ainda não podemos dizer que esta é a equação da
elipse, pois provamos apenas que ela é condição
necessária para que um ponto
O
que acabamos de fazer foi provar que
(3) Þ (9). Devemos estabelecer a recíproca
Feitas
essas observações, fica fácil demonstrar de vez que
(9) Começamos
observando que as equações (3) e (4)
são idênticas, (4) sendo apenas outra maneira de escrever a
(3). As equações (4) e (5) são
equivalentes porque já sabemos, de antemão, que
d
e
O
caso da hipérbole é análogo ao da elipse. Vejamos: a hipérbole é
definida como sendo o lugar geométrico
dos pontos P do plano, cuja diferença das distâncias a dois pontos fixos
F
e
F'
é uma constante
2a
. Mas a hipérbole possui dois ramos (Figura 4), conforme seja
Essa
equação é a análoga da (4). A partir dela, procedendo como no caso da
elipse, somos levados, sucessivamente, às seguintes equações:
Observe
que, enquanto no caso da elipse,
As
equivalências (12)
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