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148.
Prove
que, dado um conjunto com n
elementos, é possível fazer uma fila com seus subconjuntos de tal
modo que cada subconjunto da fila pode ser obtido a partir do anterior
pelo acréscimo ou pela supressão de um único elemento.
(Do livro A
Matemática do ensino médio, v.1, Lima, E.L. e outros. Rio de
Janeiro: SBM, 1996.) 149. (a) Existe alguma progressão geométrica que admite
8, 12
e 27 como termos? (b)
Mostre que não existe nenhuma progressão geométrica que admita
1, 2 e 5
como termos.
(Do
livro Progressões e Matemática
Financeira, Morgado, A. e outros. Rio de Janeiro: IMPA/VITAE, 1993.)
1) A cada
dois anos no período entre 1858
e 1864 nasceu um compositor
famoso. Claude Debussy nasceu na França, Gustav Mahler nasceu na Áustria,
Giacomo Puccini nasceu na Itália e Richard Strauss na Alemanha. Debussy não
era o mais velho. Puccini era dois anos mais velho que Mahler. Strauss era
mais novo que Debussy. Descubra o ano no qual nasceu cada compositor.
(Tirado do livro
Trivia Math.: A Problem a Day,
v. 2, Carole Greenes & George Immerzeel. Criative Publications.) 2) Adicione um só símbolo para que a igualdade abaixo
fique verdadeira. ( 7l + l )( 7l – l ) = 7l
(Tirado
de El Acertijo, 25. Buenos
Aires, Argentina.) 3)
As idades de Alice e Bernardo juntas perfazem um total de 11 016 dias.
Qual a idade de Alice, em dias, sabendo que daqui a 1296 dias Bernardo terá
o dobro da idade que Alice tinha quando Bernardo tinha o dobro da idade
que Alice tinha quando esta tinha o dobro da idade de Bernardo? (Enviado por Marcos Keller, RJ.) (Ver respostas na seção "Cartas do Leitor")
138. Considere,
num plano, uma infinidade de pontos. Sabendo-se que a distância entre
dois pontos quaisquer é um número inteiro, mostre que eles são
colineares. Solução:
Seja S
o conjunto dado. Suponhamos que seus pontos não são colineares.
Sejam A
e B dois deles. Dado
, temos
com
, logo P
pertence a uma das
hipérboles de focos
A e
B
dadas por
com
,
. Observamos que, para
e para
(casos nos quais o ponto
P pertence à mediatriz
de AB
ou à reta AB),
temos hipérboles degeneradas. Considere
tal que
A, B,
C não sejam
colineares. Todo ponto
pertence a um outro feixe de
hipérboles de focos
A e
C,
onde
. Como a
intersecção dos dois feixes de hipérboles é um conjunto finito (a
intersecção de duas hipérboles é obtida resolvendo uma equação do 2o
grau), então S seria um conjunto finito. Contradição. Logo os pontos de
S são
colineares. Obs:
1) É
possível construir conjuntos de pontos não colineares com qualquer
quantidade
de pontos com distâncias
inteiras. 2)
Segundo o leitor Cláudio Arconcher,
o problema originalmente é do eminente matemático húngaro Paul
Erdös.
(Solução
enviada por Ernesto Rosa Neto e
Cláudio Arconcher, SP.) 139.
Dados
dois espelhos planos paralelos, considere dois pontos A
e B entre eles. Determine a
trajetória que deve percorrer um raio de luz partindo de A
para atingir o ponto B após ter
sido refletido 3 vezes num espelho e 2 vezes no outro. Admite-se que o ângulo
de incidência seja igual ao de reflexão. Solução:
Construímos
A1
simétrico de A
com respeito ao espelho E1, A
trajetória do raio de luz é a poligonal
onde
,
,
,
,
.
conhecendo-se a,
b,
e
d.
(Solução adaptada de soluções enviadas por
diversos leitores.)
140.
Seja
X
um conjunto e seja
f: X X
uma função. Um
subconjunto Y
X
chama-se estável
relativamente a f, quando
f (Y) Y
. Prove que um conjunto X é finito se, e somente se, existe uma função
f:
X X
que só admite os
subconjuntos estáveis X e
. Solução: a)
Seja
um conjunto finito.
Vamos definir f de
X
em X
por:
Seja
A
um subconjunto de X,
não vazio e estável com relação a f.
Então existe
e da definição de
f e
da hipótese de que A
é estável segue-se que
xk A
para todo k
tal que
. Mas, se
, então
, o que implica que
. b)
Suponha que existe uma função
f
de X
em X
cujos únicos conjuntos estáveis sejam
X e
. Dado
, considere o conjunto:
. A é estável com relação a
f
e como é não vazio segue-se que
. Existe então
n0
tal que:
. Segue-se então que:
(Solução enviada por Jesus A. Pérez Sánchez, Mérida,
Venezuela.) 141.
a) Dada uma equação do segundo grau, com coeficientes inteiros, mostre
que o seu discriminante não pode ser igual a 23. b) Para quantos valores reais do número a a equação possui somente raízes inteiras? Solução: a) Seja
, com a,
b
e c
inteiros e
. Suponhamos
. Segue-se que
é ímpar e portanto
b
é ímpar. Se b é ímpar,
são
pares, e portanto
é múltiplo de
4. Mas
e, como
22 não é múltiplo
de 4,
segue-se que
não pode ser igual a
23. b) 1) É claro que a
deve ser inteiro, uma vez que a soma das raízes é
-a. 2)
deve ser o quadrado de
um número inteiro. Suponha
, com
n
inteiro. Como
, temos
. Essa equação admite a solução trivial
e, nesse caso,
ou
Se
n
é diferente de zero, n e 12
podem ser pensados como os catetos de um triângulo retângulo cuja
hipotenusa é
. Na RPM 7, pág. 49,
verificamos que existem 4
triângulos pitagóricos com um cateto igual a
12. São eles:
,
,
,
.
Se acrescentarmos os valores correspondentes a
n = 0
, teremos exatamente dez
valores de a que satisfazem as
condições do problema. (Adaptado da solução enviada por Hilda
da Silva Pinhão, São Paulo, SP.)
Nota:
Na RPM 33 deixamos de publicar o nome do leitor José Gutembergue L. Rodrigues, DF, como tendo acertado os problemas
134 e 135; o problema 144 foi enviado pelo leitor Cristovom Araujo Girodo e
não Cristovam como publicamos; a
ambos nossas sinceras desculpas.
(El Acertijo, número 22)
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