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Um leitor de Três Corações, MG, pede a solução do seguinte problema: Um pai tem hoje 54 anos e seus quatro filhos têm, juntos, 39 anos. Daqui a quantos anos a idade do pai será igual à soma das idades de seus quatro filhos? RPM: Daqui a n anos a idade do pai será 54 + n. Por outro lado, cada filho terá n anos a mais; portanto, a soma das idades dos quatro filhos será 39 + 4n. O problema pede n tal que 54 + n = 39 + 4n. Isto é, n = 5.
Um leitor de Santa Bárbara D'Oeste, SP, nos envia o seguinte problema: Dado o desenho ao lado, construir, graficamente, uma outra circunferência que tangencie os lados do retângulo e a circunferência dada. RPM: 0 problema levanta algumas questões já no seu enunciado. Se a circunferência a ser construída deve tangenciar a circunferência dada e três lados do retângulo, o problema só terá solução se a = 2b = 4R. Se a circunferência a ser construída deve tangenciar externamente a circunferência dada e dois lados adjacentes do retânguo, temos as seguintes possibilidades: Primeira possibilidade (supondo a 4R):
As duas soluções acima são simétricas, bastando, portanto, encontrar uma delas Para fazer a construção gráfica, tentemos obter algebricamente o valor de r. No triângulo retângulo OBO' da figura, temos: OB = R r, OO' = R + r e O'B = CD = a (r + R). Aplicando o teorema de Pitágoras:
Determinado o valor de r algebricamente, observamos que a sua construção gráfica depende da construção de . Lembramos que é a média geométrica entre a e R e pode ser representada como a altura h, relativa à hipotenusa, de um triângulo retângulo, cujos catetos se projetam sobre a hipotenusa determinando segmentos de medidas a e R. Assim, construindo o triângulo retângulo de hipotenusa a + R, temos h2 = aR e, portanto, h = . (V. RPM 6, p. 44 ou RPM 8, p. 16.) Segunda possibilidade:
Essas soluções também são simétricas e, aplicando um raciocínio análogo ao anterior, temos (R r)2 + (R r)2 = (R + r)2 e, portanto, r = 3R - 4 R . Para construir esse número, basta observar que R é a hipotenusa de um triângulo retângulo isósceles de cateto R. Deixamos para o leitor a análise de outras possíveis interpretações do enunciado do problema.
Uma leitora de Santo Antonio de Pádua, RJ, enviou-nos a seguinte pergunta: Em uma calculadora científica de 12 dígitos, quando se aperta a tecla log, aparece no visor o logaritmo decimal do número que estava no visor. Se a operação não for possível, aparece no visor a palavra ERRO. Após digitar 42 bilhões, quantas vezes se deve apertar a tecla log para que no visor apareça ERRO? RPM: Em dois casos a palavra ERRO poderá aparecer no visor: (1) se, antes de digitar "log", o número no visor for negativo ou nulo; (2) se o logaritmo do número no visor estiver fora do domínio da calculadora. A calculadora em questão aceita o número 42 bilhões, que tem 11 algarismos, e como o logaritmo decimal de um número é sempre menor do que o número, as sucessivas aplicações de "log" darão, inicialmente, resultados que estão no domínio da calculadora. Assim, precisamos apenas verificar quando log . . .log(42 x 109) será um número negativo. Aplicando "log" a l.ª vez, temos: log(42 x 109) = log 109 + log 42 = 9 + log 42 e, como 10 < 42 < 102, temos 1 < log42 < 2 e 10 < log(42 x 109)< 11 < IO2. Aplicando "log" a 2.ª vez, temos: 1 < loglog(42 x 109) < log 102 = 2 < 10. Aplicando "log" a 3.ª vez, temos: 0 < logloglog(42 x 109) < 1. Como a = logloglog(42 x 109) é um número real entre 0 e 1, o seu logaritmo decimal será negativo, isto é, aplicando "log" pela 4.ª vez, temos log a < 0. Aplicando "log" a 5.ª vez, aparecerá a palavra ERRO no visor.
Um colega de Valença, RJ, enviou-nos o seguinte problema: A população de Itapira era um quadrado perfeito. Depois, com um aumento de 100 habitantes, a população passou a ser uma unidade maior do que um quadrado perfeito. Depois, com outro aumento de 100 habitantes, a população voltou a ser um quadrado perfeito. Qual era a população original? RPM: Observe que o conjunto universo do problema é o conjunto dos números naturais não nulos, IN*. Se chamarmos de P a população original, as condições do problema podem ser descritas algebricamente por
De (2) e (3), temos z2 y2 = 101 ou (z + y)(z y) = 101. Como z + y IN* e z y IN* , e 101 é um número primo, temos: z + y = 101 e z y = 1. Portanto, z = 51 e y = 50. Donde concluímos que P = 2401 = 492 , estando também satisfeita a equação (1).
Na RPM 27, nesta seção, um leitor perguntou qual a taxa de juros embutida na seguinte situação: Um CD custa R$23,00 à vista, mas pode ser pago em 3 prestações de R$10,00, uma de entrada, uma em 30 dias e outra em 60 dias. Embora não se use, hoje em dia, juros simples em transações comerciais, a RPM, além de calcular a taxa de juros supondo que esses fossem compostos, apresentou outro cálculo, supondo que os juros fossem simples e, aí, pisou na bola. Os colegas Armindo Cassol e Ana Maria Tagliari, da UNISINOS de São Leopoldo, RS, chamaram nossa atenção para esses fatos e ofereceram a seguinte solução no caso dos juros simples: Se um CD custa R$23,00 e é pago em três prestações de R$10,00, temos: 1.ª parcela: R$10,00 saldo devedor: R$13,00. Esse saldo devedor é decomposto em duas parcelas, a e b, tais que:
Daí, i = 37,39%. RPM: Agradecemos a valiosa colaboração dos nossos atentos colegas.
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