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A II.ª Olimpíada de Matemática foi realizada em 16/09/89. Foram premiados os seguintes estudantes: 1.° lugar:
Carlos
Gustavo Tamm de Araújo Moreira
(Colégio
Santo Inácio - Rio) (1) 2.° lugar:
André
Antunes Nogueira da Silva
(Colégio
Santo Inácio - Rio) 3.° lugar: Alexandre Xavier Ywata de Carvalho (Instituto Social - Salvador) (1) Christiano Cario Boa Nova Ribeiro (Colégio Impacto - Rio) Daniel Geiger Rocha Campos (Colégio Princesa Isabel - Rio) Elcio Deccache (Colégio Impacto - Rio) (2) Observações (1) Alunos que já haviam sido premiados na 10- OBM. (2) Alunos que em 1989 cursavam a 2.° série do 2.° grau. (3) Marco Antonio Meggiolaro é neto do Professor Thales Mello Carvalho, já falecido, que foi catedrático da Universidade do Brasil e cujos livros de Matemática foram usados pela maioria dos estudantes das décadas de 40 e 50. (4) Carlos Gustavo obteve em 1989 medalha de ouro na Olimpíada Ibero-americana e de bronze na Olimpíada Internacional (RPM 15, p.61). Em dezembro de 1989, concluiu o 2.° grau e, em janeiro de 1990, o mestrado em Matemática no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). O título de sua tese é Centralizadores de Difeomorfismos do Círculo. Terminou o mestrado antes de entrar para a Faculdade! Carlos Gustavo colaborou com dois artigos para a RPM 15 (p.35).
1. Os lados do triângulo T de vértices (0,0), (3,0) e (0,3) são espelhos. Prove que uma das imagens do triângulo T1de vértices (0,0), (0,1) e (2,0) é o triângulo de vértices (24,36), (24,37) e (26,36). Solução de André Antunes Nogueira da Silva: Pondo .4(0,0), 5(3,0) e C(0,3), as funções de IR2 em IR2que transformam um ponto nas suas imagens nos espelhos BC, AB e AC são, respectivamente,
Definindo
2. Seja k um inteiro positivo tal que k(k+1)/3 é um quadrado perfeito. Prove que k/3 e k + 1 são quadrados perfeitos. Solução de Maria do Socorro Alves de Farias: Se q = k(k + l)/3 é um quadrado perfeito, temos as seguintes possibilidades:
i)
k é múltiplo de 3.
ii)
k
+ 1 é múltiplo de 3.
iii) k +
2 é múltiplo de 3. Dada a impossibilidade dos casos ii) e iii), ocorre certamente i) e, portanto, k/3 e k + 1 são quadrados perfeitos.
3. Uma
função
f, definida no conjunto dos inteiros, é tal
que
f(x)
=
x
Solução de Carlos Gustavo Tamm de Araújo Moreira:
a) Provarei
que f(x)
=
91 para todo x
i) Seja
primeiramente 90
ii) Seja
agora x < 90. Provarei por indução que, para qualquer y tal
que x
Para x = 89 a propriedade é verdadeira pois f(89) = f[f(100)] = f(91) = 91 e já provamos que se 89 < y < 100 então f(y) = 91.
Supondo que
para qualquer
y
tal que
x
b) Pela
parte a) f(x)
= x
4. Um jogo é disputado por dois adversários, A e B, cada um dos quais dispõe de dez fichas numeradas de 1 a 10. O tabuleiro do jogo consiste em duas filas de casas, numeradas de 1 a 1492, na primeira fila, e de 1 a 1989, na segunda fila. No n-ésimo lance (n = 1,2......... 10), A coloca sua ficha de número n em qualquer casa vazia e B então coloca sua ficha de número n em qualquer casa vazia da fila que não contém a ficha de número n de A. B ganha o jogo se, após o décimo lance, ambas as filas exibirem os números das fichas na mesma ordem relativa. Caso contrário, A ganha o jogo. a) Qual dos jogadores tem uma estratégia vencedora? Justifique a resposta. b) Suponha agora que cada jogador dispõe de k fichas numeradas de 1 a k. Quais dos jogadores tem uma estratégia vencedora. Justifique a resposta.
c)
Suponha agora
que, além disso, as filas são o conjunto Q dos números racionais e
o
conjunto Z dos números inteiros. Qual dos jogadores tem uma estratégia
vencedora? Solução de Marco Antonio Meggiolaro: Comecemos pelo caso fácil que é, supreendentemente, o caso c).
c) Se
k = 1 ou k = 2, B
tem
estratégia vencedora. Basta
B
responder
arbitrariamente à primeira jogada de A e, no caso k = 2 se A
colocar sua segunda ficha à
direita (esquerda) de uma ficha número 1, basta B colocar sua segunda
ficha à direita
(esquerda) de uma ficha número 1.
a e b) Se
k
A coloca sua ficha número 1 no meio da fila maior (casa 995). B terá que colocar sua ficha em alguma casa da fila menor. Colocada a ficha de B, a fila menor ficará dividida por essa ficha em dois pedaços (esquerdo-direito), o menor dos quais terá, no máximo, 745 casas. A coloca então sua ficha 2 no meio do pedaço (esquerdo-direito) da fila maior que corresponde ao pedaço com no máximo 745 casas da fila menor. B terá que colocar sua ficha número 2 em alguma das já citadas 745 casas da fila menor. Colocada essa ficha por B, essas 745 casas ficarão divididas em dois pedaços, o menor dos quais terá no máximo 372 casas. Prosseguindo até a décima jogada, os comprimentos serão 745 - 372 - 185 - 92 - 45 -22 - 10 - 4 - 1 - 0 na fila menor e 994 - 496 - 247 - 123 - 61 - 30 - 14 - 6 - 2 - 1 . Na 11.ª jogada, A coloca sua ficha 11 na casa que sobrou na fila maior e B não tem casa para colocar sua ficha 11.
Se k
5) Um tetraedro é tal que o centro da esfera a ele circunscrita está dentro do tetraedro. Prove que pelo menos uma de suas arestas tem comprimento maior ou igual ao comprimento da aresta do tetraedro regular que se inscreve na mesma esfera.
Solução baseada numa idéia de Fernando Lukas Miglorância: A - 3 fatos importantes:
1) O plano (BCD) não corta AA' abaixo de G.
De fato,
como B,
C, e D
estão acima de
2) O plano (BCD) não corta AA' acima de O.
De fato, se MN é interseção do plano mediador de AA' com o plano (BCD), a projeção num plano perpendicular a MN mostrará o ponto O exterior a ABCD.
Seja K o centro do círculo (BCD).
3)
K não é exterior
ao
De fato, se K for exterior ao triângulo BCD e se BC, por exemplo, for o lado do triângulo mais próximo de K, uma projeção num plano perpendicular a BC mostrará o ponto O exterior ao tetraedro ABCD. B - Solução:
Sendo K
interior ao
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