Atendendo ao apelo feito na RPM 12, p. 35, muitos colegas nos escreveram contando por que 13 é associado a azar.

Agora o leitor pode desfrutar dessas informações que se encontram espalhadas em diversas páginas da RPM 13.

Além dessas a RPM recebeu colaborações de Aluísio Nascimento dos Santos, Rio de Janeiro, RJ, associando 13 com a carta do taro, de Adriane Vaz Huber, Porto Alegre, RS, para quem 13 deveria ser um número de felicidade, baseada no livro A vida em 3 dimensões, Hugo Kleemann, Edição Sulina, Porto Alegre e de Frei Ignácio (Eduardo Ignácio Nunes), Rio de Janeiro, RJ, que enviou várias citações tiradas de almanaques, jornais, revistas etc.

A RPM, em nome de seus leitores, expressa os seus agradecimentos.

 

"De todas as superstições conhecidas, a que se refere ao número 13 talvez seja a mais popular. Sua origem parece estar em duas lendas da mitologia nórdica. De acordo com a primeira delas, houve no Valhalla, a morada dos deuses, um banquete para o qual doze divindades foram convidadas. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga em que morreu Balder, o favorito dos deuses. Daí veio a crendice de que convidar 13 pessoas para um jantar era desgraça certa. Na Escandinávia também, segundo outra lenda, a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem a friadagr, sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, a lenda transformou Friga em bruxa, exilada no alto de uma montanha. Para vingar-se, ela passou a reunir-se todas as sextas com outras onze bruxas, mais o demônio — num total de treze entes que ficavam rogando pragas sobre os humanos. Da Escandinávia a superstição espalhou-se pela Europa. Serviu para consolidá-la o relato bíblico da Última Ceia, onde havia treze à mesa, às vésperas da crucificação de Cristo."

(Copiado da revista Superinteressante, n? 7, julho 88, Editora Abril Cultural). Colaboração de Lana Roberta Koutsoukos e Paulo Thomas Peres, Campinas, SP; Tânia Lafuente Gonçalves, Cascavel, PR; Eli Júnior Lombardi, Foz do Iguaçu, PR; João Patrício de Moura, Jundiaí, SP; António Luiz Miranda, Rio de Janeiro, RJ; Fernando Luiz Sarle, São Paulo, SP; Edilson José da Silva, Cabo, PE.

 

 

"O 13 é, desde a mais remota Antiguidade, um número de fortuna — desde que se compreenda essa palavra no sentido mais amplo, de sina, destino, fado. Nas cartas de taro, esse jogo divinatório cuja origem está perdida nas dinastias egípcias mais antigas, a carta de número 13 é o arcano da Morte — o que tampouco era visto como símbolo de mau agouro. Para os antigos, a Morte nunca teve o significado de fim: ela é a transmutação, implica mudanças e transformações.

Não há ciclo novo se o antigo não se encerra [...].

Em suma, o número 13 chegou até nós e o seu significado, não. A idéia do 13 como um indício de má sorte brotou possivelmente da cabeça dos cristãos: foi, afinal, de uma mesa de 13 convivas, a Santa Ceia, que saiu o traidor de Cristo. Mas não teria Jesus montado uma mesa para 13 precisamente por causa da magia do número?

(Copiado da revista Sala dé aula, Ano 1, n 4, Ago/88, Fundação Victor Civita).

 

 

"Segundo as formas tradicionais que regulam o esoterismo do número, escreveu Hades, o doze representa o ciclo completo, não podendo ser transmutado senão por uma contribuição exterior, tendo uma mudança de princípio determinado originalmente o ciclo. Eis porque o 13, isto é, 12 + 1, sugere, tradicionalmente, a morte e um novo período na evolução cíclica [...]' (O universo da astrologia, Albin Michel).

Em Mundos em colisão (Club Français du Livre, 1951) Immanuel Velikovski pensa ter encontrado a resposta ao problema não resolvido, da origem da superstição que atribui ao número treze e, em particular, à data treze, uma influência maléfica. O essencial da tese dessa obra é que os acontecimentos relatados no livro bíblico do Êxodo coincidem com cataclismos cósmicos de grande envergadura e [aconteceram] no décimo quarto dia do mês de Aviv que coincide durante algumas horas com 13 dia do [mês] do Tut.

Mas também não faltam exemplos que demonstram o aspecto positivo deste número:

   Outrora, na Provença, festejava-se o Natal com treze sobremesas e na Romênia, com tre­
ze pratos de peixe.

   Foram os treze primeiros Estados Unidos da América que tomaram a iniciativa histórica
de uma "Declaração dos Direitos do Homem". A primeira bandeira dos Estados Unidos
tinha treze estrelas e treze listas vermelhas e brancas, o que não lhes trouxe desgraças.

   Um dos best sellers universais [...] é a obra de Euclides, intitulada Os elementos, forma­
da, originalmente de treze livros."

   (NR: o décimo terceiro salário...)

(Trechos copiados do livro Vida e mistério dos números, François Xavier Chaboche, Editora

Hemus.)

Colaboração de Helenaida Nazareth, São Paulo, SP e José Lafayette de Oliveira Gonçalves

(Netto), Jales, SP.

 

Maria Zoraide Martins Costa Soares, Campinas, SP, nos enviou uma cópia de um artigo publicado na Mathematical Gazette, v. LV, 394, 1971, a respeito de sexta-feira, dia 13, que traz entre outras a seguinte informação:

O calendário repete-se exatamente a cada 400 anos.

Em 400 anos existem 4 800 "dias 13" e a sua distribuição pelos 7 dias da semana não pode ser uniforme, pois 7 não é um divisor de 4 800.

É a seguinte a distribuição do "dia 13" pelos 7 dias da semana em um período de 400

 

2.ª f.

3.ª f..

4ª f.

5.ª f.

6.ª f.

sáb.

dom.

685

685

687

684

688

684

687

Nota-se que o "dia 13" tem uma predileção pelas 6.as feiras!

 

 "Admitem muitos autores que a origem da superstição relativa ao número 13 lança suas raízes no episódio famoso [...] a Última Ceia de Cristo.

Na célebre tela de Leonardo da Vinci — a Ceia Sagrada [...] 13 pessoas rodeavam a mesa — 12 apóstolos e o Salvador — e a morte de Jesus, na crença inabalável dos supersticiosos, parecia decorrer, como uma influência sinistra, daquele número fatídico.

[No entanto], a hipótese de ser de origem cristã [...] a superstição que leva a incluir o número treze entre os números fatídicos não é aceita por muitos folcloristas.

Na antiga numeração hebraica, onde os números estavam representados por letras, o sinal usado para o 13 era, ao mesmo tempo, o símbolo da palavra que significa "morte".

No baralho de taro, usado pelas cartomantes [...], a carta 13 tem a figura de um esqueleto armado de formidável foice, isto é, o símbolo da morte. Muito embora esse baralho seja muito antigo, dele não surgiu a superstição, mas, ao contrário, foi a superstição, já existente e largamente divulgada, que inspirou o simbolismo da carta 13."

(Trechos copiados do livro Os números governam o mundo, Malba Tahan, Ediouro.) Colaboração de Francisco das Chagas P. de Almeida, Teresina, PI; Tânia Ferrari, São Paulo, SP; Nelson Abilhôa Jr., Ponta Grossa, PR; Josenita de Melo Vasconcelos Dantas, Vitória de Santo Antão, PE; Marcelo Luiz Soltan, Jundiai, SP; José Carlos dos Santos Mendes, Nova Friburgo, RJ; Francisco Freire da Silva, Belém, PA; João Gabriel Chaves, Rio de Janeiro, RJ; Jucélia Maria de Almeida Stamato, Bebedouro, SP.